A investigação indicou que, mesmo os trabalhadores mais antigos nunca receberam salários, apenas vales de R$ 10 a R$ 50.
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Alojamento dos trabalhadores em situação análoga a escravidão (Foto: Divulgação/Superintendência Regional do Trabalho em Goiás)
Operação conjunto da Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal resgatou oito trabalhadores de condições consideradas de escravidão contemporânea em Nova Glória, na região central de Goiás. De acordo com a Superintendência Regional do Trabalho em Goiás (SRTE-GO), eles estavam em uma fazenda de extração de varas de bambus.
O resgate foi feito na última terça-feira (9) e culminou com a prisão do patrão dos trabalhadores. A investigação indicou que, mesmo os trabalhadores mais antigos nunca receberam salários, apenas vales de R$ 10 a R$ 50.
Conforme informações da polícia, uma parte dos trabalhadores veio do estado do Pará e outra parte de Anápolis, e estavam trabalhando no corte de bambu.
Os trabalhadores relataram que o patrão descontava passagens de ônibus, moradia, aluguel, água, energia, gás e alimentos dos salários. Eles tinham que comprar a marmita do empregador. Além disso, cobrava também as ferramentas de trabalho e equipamentos de proteção individual.
Segundo a polícia, os trabalhadores estavam vivendo em condições precárias, dormindo em colchonetes, com banheiros e cozinha em péssimas condições.
Além do trabalho análogo à escravidão, o Ministério do Trabalho e Emprego constatou evidências dos crimes de aliciamento, retenção indevida de salários e trafico de pessoas.