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Tabagismo cresce em Goiás e uso de cigarro eletrônico entre jovens acende alerta da Saúde

O aumento do tabagismo, especialmente, do consumo de cigarros eletrônicos entre jovens e o tempo de tela preocupa a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás. Essa prevalência chegou a mais de 70% na população mais jovem




Jornal Opção

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O tabagismo, consumo de álcool, alimentação não saudável e inatividade física são comportamentos, que intensificam o adoecimento da população. As doenças crônicas, como as cardiovasculares, doenças respiratórias, neoplasias e diabetes mellitus representam a maior causa de morte no Brasil e no mundo.


Segundo dados do DATASUS, em Goiás, as doenças do aparelho circulatório constituem a principal causa de morte no estado. Para pensar em ações de saúde pública de forma regionalizada, a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) realizou o 2º Inquérito de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas Não Transmissíveis (Vigitel).


A apresentação dos resultados dessa pesquisa aconteceu nesta quarta-feira, 5, no auditório da Escola de Saúde de Goiás. As informações obtidas sobre os hábitos de vida e as doenças crônicas, de 18 mil goianos acima de 18 anos, nas diferentes regiões ajudam na composição do perfil da população do estado.


Os resultados do Vigitel apontaram um aumento de alguns fatores de risco, como tabagismo, excesso de peso, obesidade, consumo de refrigerantes, hipertensão e diabetes. Por exemplo: a prevalência dos adultos que fumam no estado foi de 14,3% em 2025, contra 13,1% na pesquisa de 2022.


A gerente de Vigilância Epidemiológica de Agravos Não Transmissíveis e Promoção da Saúde da SES-GO, Magna Maria de Carvalho explicou que o aumento do tabagismo, especialmente, do consumo de cigarros eletrônicos entre jovens e o tempo de tela é preocupante. “Essa prevalência chegou a mais de 70% na população mais jovem e isso, a médio e longo prazo, vai representar uma saúde pior da nossa população”, explica.


Os aspectos considerados positivos foram o aumento do nível de atividade física da população, ainda que discreto. E o aumento do percentual de mulheres que realizaram exames de prevenção do colo de útero e de mama, com destaque para um aumento expressivo da realização de mamografia em todas as regiões do estado.


“Nós tivemos, por exemplo, uma avaliação de que comparado com o primeiro, [inquérito] teve uma melhora no acesso à mamografia e ao exame de câncer de colo de útero também.


Então isso, com certeza é um ponto positivo. O Vigital serve não só para nos indicar novas políticas, mas para avaliarmos as que estão dando certo e as que precisam ser melhoradas”, explicou a subsecretária de Vigilância em Saúde da SES-GO, Flúvia Amorim.


O que é o “Vigitel”?


O Vigitel é realizado anualmente pelo Ministério da Saúde nas capitais brasileiras desde 2006, utilizando ligações telefônicas para monitorar a saúde da população brasileira.


O primeiro Vigitel Goiás foi lançado em 2023 (com dados coletados em 2022) e abrangeu todo o estado e as cinco macrorregiões. Neste ano, o Vigitel Goiás apresenta mais uma inovação: dados que abrangem as 18 regionais de saúde, ao invés das 5 macrorregiões.


Apenas dois estados do Brasil realizam o Vigitel em nível regional: Goiás e São Paulo. Goiás apresenta uma ferramenta adicional que é a inclusão da realização da pesquisa pelo celular, além do telefone fixo.


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