Palmeiras vai acionar Flamengo na Justiça por bloqueio em repasses da Libra

Leila Pereira manda recado para Luiz Eduardo Baptista, presidente do Rubro-Negro, e afirma que advogados estão atrás de medidas mais severas contra o clube carioca

GE

O Palmeiras afirmou que vai acionar o Flamengo na Justiça por causa do bloqueio que o clube carioca obteve, via Justiça do Rio de Janeiro, nos repasses de uma parcela dos direitos de TV do Brasileirão que seria distribuída aos clubes que fazem parte da Libra, entidade formada por Palmeiras, Bragantino, São Paulo, Santos, Atlético-MG, Bahia, Grêmio, Vitória, Remo, Paysandu, Volta Redonda, ABC, Guarani, Sampaio Corrêa, Brusque e o próprio Rubro-Negro.

A liminar concedida pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro trava o repasse de R$ 77 milhões, valor referente a uma porcentagem dos ganhos com audiência, segundo contrato firmado entre a Libra e a Globo. A presidente do Verdão, Leila Pereira, criticou a postura do Flamengo no início da semana e agora promete atitudes mais severas.

– Se a atual gestão do Flamengo acha que, por meio desta ação na Justiça do Rio, conseguirá mudar o acordo assinado pelo presidente (Rodolfo) Landim, pode tirar o cavalinho da chuva. O Palmeiras não fará qualquer concessão nem reabrirá um assunto que já foi discutido exaustivamente e está encerrado – disse Leila, ao ge.

– Nós vamos, sim, buscar na Justiça uma indenização pelo prejuízo que a conduta individualista e predatória do Flamengo está causando ao Palmeiras e aos demais clubes da Libra. Os nossos advogados já estão estudando o caso. Não aceitamos a pressão que o Flamengo está fazendo – completou.

O Palmeiras alega que a estratégia do Flamengo é “predatória e torpe”, com o objetivo de “asfixiar financeiramente” os outros clubes da Libra para “subjugá-los e extrair ainda mais benefícios individuais”.

O clube ainda destaca que seria um dos beneficiados diretos caso a alteração pedida pela atual gestão do Flamengo prosperasse, mas que defende o crescimento coletivo do futebol brasileiro.

O Flamengo, por sua vez, alega ter sido prejudicado com o contrato, firmado em 2024 e com vigência até 2029. O compromisso foi assinado por Rodolfo Landim, então presidente do clube. Seu sucessor, Luiz Eduardo Baptista, fez oposição a Landim e tenta rever a distribuição do dinheiro dentro da liga. Bap criticou os termos do vínculo ainda durante o processo eleitoral do clube, no ano passado.