Mário explica escolha por Zubeldía e detalha saída de Renato do Fluminense: "Ele deve multa ao clube"
- pereiraalves4
- 27 de set.
- 3 min de leitura
Presidente tricolor diz que ficou surpreso com pedido de demissão de Renato Gaúcho e esclarece processo rápido para contratação do novo técnico
GE

Durante a apresentação do técnico Luis Zubeldía, neste sábado, Mário Bittencourt deu detalhes da saída de Renato Gaúcho, que pediu demissão após a eliminação do Fluminense da Sul-Americana. O presidente tricolor explicou como funciona a multa rescisória neste caso:
— A gente teve uma eliminação dolorosa, mas não houve em nenhum momento a intenção de fazer a troca de comando. Consideramos a temporada boa, dentro da nossa expectativa e da expectativa da nossa torcida. Ainda pode se transformar em uma temporada ótima se conquistarmos o título da Copa do Brasil, somos semifinalistas. Fomos quarto colocado na Copa do Mundo de Clubes e, no Brasileiro, em razão de estar nas três competições, poderíamos estar um pouco mais acima, mas temos condições de buscar a vaga na Libertadores, que é um compromisso nosso internamente.
— Desci depois do jogo do Lanús, fui ao vestiário, cumprimentei os jogadores e fui conversar com o treinador, dar meu apoio, era um momento triste. Fui surpreendido, o Renato disse que não queria continuar e tudo que ele falou na entrevista foi o que aconteceu. Disse que estava desgastado com questões externas, estava chateado com algumas coisas que estava ouvindo e isso estava deixando ele desgostoso com o dia a dia, não com o Fluminense. Tentei demovê-lo da ideia, porque ainda tínhamos coisas a conquistar, mas ele estava irredutível. Ficamos surpresos e tristes. A gente tinha uma relação excelente, mas futebol é assim, faz parte. No dia seguinte, já buscamos outro caminho para seguir a temporada e entregar o que precisamos, que é a classificação na Libertadores e o título da Copa do Brasil.
— Todo contrato de trabalho tem multa bilateral. Quando o treinador é demitido, a gente deve a multa ao treinador. Quando ele pede demissão, ele deve a multa ao clube.
O Fluminense agiu rápido e, dois dias depois, já encaminhou a contratação de Zubeldía. Mário esclareceu os critérios do clube para o acordo com o novo treinador:
— É um direito de todos discordar das nossas decisões, mas trabalhamos com convicção e coerência. Fica impossível respondermos a tudo que inventam o dia inteiro. Falaram nomes de oito, nove treinadores, não contactamos nenhum. Recebemos 50 mensagens de oferecimento de treinadores. Não decidimos nada em vestiário. É uma filosofia minha de trabalho e do Paulo Angioni ter uma noite de sono antes da decisão, não decidimos nada no calor. Como fomos surpreendidos pelo Renato, nós combinamos uma reunião na tarde do dia seguinte para buscar o nome do novo comandante.
— Acompanhamos o trabalho do Luis no São Paulo, gostávamos demais do que a gente viu. Era um nome que nos encantava por uma série de características interessantes. Ouvimos uma pessoa do São Paulo, que nos falou maravilhas não só do trabalho, mas também da pessoa. Foi nossa grande referência. Pegamos o telefone do representante dele, ligamos e ele nos atendeu com muita educação. Fizemos uma entrevista com o Luis por vídeo, tivemos uma conversa muito boa. Ele nos perguntou: "A ideia de vocês é que eu seja o escolhido?". Eu disse que sim, que só tínhamos conversado com ele, e ele disse que era importante saber que tínhamos convicção na escolha. Falamos do time, da parte técnica, marcamos de enviar uma proposta no mesmo dia. Foi uma negociação rápida, transparente e com desejo das duas partes. Falamos o que tínhamos condição de arcar neste momento, não teve dificuldade.

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