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Morte de fazendeiro baleado ao lado de advogado pode ter sido encomendada, diz polícia

Jefferson Cury morreu no local após os disparos, já o advogado que o acompanhava conseguiu fugir, mesmo ferido, e foi resgatado horas depois. Fazendeiro levou dois tiros na cabeça.


G1-Goiás

Empresário e fazendeiro Jefferson Cury, de 83 anos, morreu após um atentado com arma de fogo em Quirinópolis — Foto: Polícia Militar/Reprodução



A Polícia Civil (PC) acredita que a morte do empresário e fazendeiro Jefferson Cury, de 83 anos, executado com tiros na cabeça em Quirinópolis, na região sul de Goiás, possa ter sido encomendada. Ele foi atingido dentro da caminhonete em que estava, ao lado de um advogado.

"Sabemos que envolve uma questão financeira, por conta de a vítima ter um poder aquisitivo grande. Possivelmente, trata-se de um crime encomendado, dadas as circunstâncias”, afirmou a delegada Simone Casemiro.


O crime aconteceu na quarta-feira (29). A investigadora informou que nada foi levado do fazendeiro e que ele não teve a possibilidade de se defender. Assim, ela acredita que o crime se trata de um homicídio qualificado.


“A vítima que veio a óbito tinha uma quantidade de dinheiro, que estava no bolso, e foi encontrado pela perícia. Não foi levado ou subtraído nenhum objeto. Então, de início, a gente já descarta a hipótese de latrocínio”, disse a delegada.


O fazendeiro Jefferson Cury, que era dono de propriedades em São Paulo e Goiás, foi enterrado em Araguari (MG), na última sexta-feira (1º).


Entenda o caso

Conforme o boletim de ocorrência, as vítimas estavam em uma fazenda quando foram encurraladas por dois homens armados. Jefferson morreu na hora, e o advogado, mesmo ferido, conseguiu fugir do local e se esconder em uma região de mata, sendo encontrado horas depois por uma pessoa que passava pela estrada de terra.

“O advogado estava dirigindo e, ao perceber os disparos, acelerou. O veículo entrou em um canavial e o fazendeiro morreu no local. O advogado foi encontrado no dia seguinte, explicou o delegado regional da cidade, Danilo Fabiano.

De acordo com a Polícia Militar, o advogado foi levado para o Hospital Municipal de Caçu com marcas de tiro na cabeça, mandíbula e a mão esquerda. Por conta da gravidade dos ferimentos, ele foi transferido para o Hospital Estadual de Santa Helena de Goiás Dr. Albanir Faleiros Machado (Herso).


Conforme a unidade, Leonardo Ribeiro Nalesso continua internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com “acompanhamento diário da neurocirurgia e bucomaxilo”. O estado de saúde dele é grave.


Em nota, a Ordem dos Advogados do Brasil, seção Goiás (OAB-GO), disse que assim que tomaram conhecimento do caso, “cobraram de imediato das autoridades policiais locais as devidas medidas para apuração dos atos que deixaram o advogado gravemente ferido”. Também informou que seguirão acompanhando as investigações e desdobramento do caso

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