Guaíba transbordou após ultrapassar cota de inundação, invadindo regiões Norte, Central e Sul da Capital.
G1
População retira de casa bens após casas ficaram debaixo d'água em Porto Alegre — Foto: Reprodução/RBS TV
Com o recuo do Guaíba, que inundou ruas de Porto Alegre após transbordar durante os temporais que assolaram o Rio Grande do Sul, a população começou a retornar às suas casas e apartamentos para descobrir o que dos seus pertences foi perdido e que foi pode ser salvo.
Os temporais mataram 154 pessoas entre o fim de abril e a primeira quinzena de maio. Conforme a Defesa Civil, 104 pessoas estão desaparecidas. São 617 mil pessoas fora de casa. Deste total, 540,1 mil estão desalojados (em casas de amigos ou parentes) e 77,2 mil foram acolhidos em abrigos.
Uma das ruas em que a água acumulou, e atingiu quase 2 metros, foi a Antenor Lemos, no bairro Menino Deus, que inundou depois que a prefeitura decidiu desligar casas de bombas por conta do risco de choque elétrico.
A situação no Menino Deus é semelhante a outros bairros que foram inundados em Porto Alegre. A água baixou deixando para trás mau cheiro, esgoto e animais mortos.
Nível do Guaíba segue caindo
O nível do Guaíba segue caindo em Porto Alegre. Conforme medição da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) no cais Mauá, o lago estava em 4,7 metros às 8h15 desta sexta.
Na quinta (16), o Guaíba caiu abaixo de 5 metros pela primeira vez desde segunda (13). Depois de atingir o nível máximo de 5,25 metros na terça (14), a altura foi baixando, de forma lenta e gradual.
Moradores que precisaram sair de casa depois que o lago transbordou e avançou sobre ruas, principalmente nos bairros das regiões Norte, Central e Sul, já começam a voltar. O aeroporto Salgado Filho e a estação rodoviária seguem inundados. São 13,9 mil pessoas que estão acolhidas em 155 abrigos, de acordo com a prefeitura.
O Guaíba ainda está acima da cota de inundação, que é de 3 metros, situação que deve se manter pelos próximos dias.
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