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Julgamento de delegado acusado de desviar R$ 2 mi da educação continua em Rio Verde

Audiência chega ao segundo dia com depoimentos da defesa. Relatos apontam intimidações a estudantes inadimplentes em instututo do delegado






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O julgamento do delegado Dannilo Proto, acusado de liderar um esquema que teria desviado mais de R$ 2 milhões da Secretaria de Educação de Rio Verde, segue nesta sexta-feira (12) com o depoimento das testemunhas de defesa.


A audiência de instrução e julgamento começou na terça-feira (9), quando oito testemunhas de acusação foram ouvidas no Fórum do município. O réu responde por organização criminosa, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, peculato, ameaça e contratação direta ilegal.


O Ministério Público afirma que ele teria comandado, ao lado da esposa, Karen de Souza Santos Proto, e de outros investigados, a fraude em contratos de reforma de escolas, impressão de material didático e execução de serviços ligados à rede estadual de ensino desde 2020. O MP calcula prejuízo superior a R$ 2,2 milhões aos cofres públicos.


A defesa do delegado alega que as testemunhas de acusação confirmaram a regularidade dos contratos e que vai pedir a revogação da prisão preventiva. Os advogados de Karen também afirmam que os depoimentos não apontaram irregularidades cometidas por ela.


O julgamento acontece meses após a Operação Regra de Três, deflagrada em agosto, quando o delegado foi preso em Rio Verde. Na ocasião, 17 mandados de busca e apreensão foram cumpridos, e bens e recursos dos investigados foram bloqueados.


Após ouvir todas as testemunhas, o juiz vai decidir se haverá nova fase processual ou se já será possível emitir uma sentença.


Coação a ex-alunos dentro da prisão



Eles afirmam que Proto, detido desde 21 de agosto em Goiânia, teria usado celular e notebook dentro da cela para enviar mensagens intimidatórias a estudantes inadimplentes.


Segundo os relatos, as mensagens incluem cobranças, ameaças de ações judiciais, ataques à reputação dos alunos e xingamentos, além de situações de coação com exibição de arma de fogo.


O advogado Gilles Gomes, atual defensor do delegado, afirma que Proto está incomunicável desde sua prisão preventiva, mantendo contato apenas com seus advogados. Ele diz que todas as acusações devem ser apuradas e que questões envolvendo inadimplência de alunos do IDP são responsabilidade da administração do instituto.


Histórico do caso


Antes do atual processo, Dannilo Proto já havia sido afastado do cargo há dez anos, quando foi acusado de exigir dinheiro de um fazendeiro após a recuperação de gado roubado. Na época, houve indícios de coação da vítima e falsificação de recibos.

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