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Investigação expõe grupo de policiais militares ligados ao contrabando e lavagem de dinheiro em Goiás

Operação investiga esquema de agiotagem e movimentações financeiras incompatíveis com os rendimentos dos investigados



Jornal Opção

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A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO/GO) deflagrou na manhã desta terça-feira, 4, a Operação Scutum, que tem como alvo um grupo criminoso composto por policiais militares suspeitos de envolvimento em corrupção, facilitação de contrabando e descaminho, além de lavagem de dinheiro, agiotagem, extorsão e formação de quadrilha.


A ação conta com apoio da Polícia Militar do Estado de Goiás (PM-GO) e busca desarticular o esquema.


Ao longo da ação, foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão em Mineiros (GO) e um em Londrina (PR), incluindo empresas ligadas ao esquema. Além disso, a Justiça Federal determinou o afastamento cautelar de cinco policiais militares.


A operação avançou após apurações conduzidas inicialmente pela própria PM goiana, que apresentou indícios de envolvimento de agentes públicos em práticas ilícitas.


Segundo a corporação, os investigados teriam recorrido a estratégias para cooptação e desvio de cargas ilegais, bem como revenda de produtos contrabandeados, utilizando empresas de fachada e “laranjas” para dificultar o rastreamento da origem dos recursos obtidos.


Ainda conforme a investigação, foram identificadas movimentações financeiras incompatíveis com os rendimentos declarados, além de transações entre suspeitos, o que teria “evidenciado a existência de um esquema estruturado de agiotagem e lavagem de dinheiro”.


A articulação envolveria tanto policiais militares quanto terceiros responsáveis por facilitar a circulação de cargas irregulares e mascarar o fluxo de capitais. 


A FICCO/GO é integrada pela Polícia Federal (PF), Polícia Penal Federal (SENAPPEN), Polícia Penal do Distrito Federal (PPDF), Polícia Militar de Goiás (PMGO) e Polícia Civil de Goiás (PCGO). Essa composição tem permitido acelerar processos investigativos, especialmente em casos que combinam crimes financeiros, desvio de função e uso da estrutura pública para proteção de redes criminosas.


Até o momento, não foram divulgados nomes dos investigados, tampouco detalhes sobre eventuais prisões. Entretanto, as forças responsáveis reforçam que as apurações seguem em curso e podem resultar em novas medidas judiciais.




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