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Com filas na estrada, moradores de Porto Alegre fogem da falta de água rumo à praia

Rodovia que liga capital do RS a Viamão, caminho mais próximo do litoral, tem engarrafamentos nesta terça (7)



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Alagamento em Porto Alegre (Foto: Reprodução)



Com cinco estações de tratamento paralisadas em Porto Alegre devido às enchentes, moradores da capital gaúcha apelam para a última alternativa viável para chegar a um lugar com água nas torneiras.


“Saí por impulso. Assim que soube que não teria água, eu não poderia ficar”, disse Edgardo Oriola, argentino radicado em Porto Alegre há mais de 40 anos.


Morador do bairro Tristeza, ele deixou a cidade com a esposa e seguiu rumo a Xangri-lá, no litoral norte do Rio Grande do Sul, onde tem casa de veraneio. Lá, encontrou a filha e a neta, que deixaram Porto Alegre já no fim de semana.


“Administro condomínios, controlei gota por gota o reservatório de cada condomínio. Terminados os seus reservatórios, não se sabe quando volta a água potável”, disse. Nesta terça-feira (7), aproximadamente 85% de Porto Alegre não tem acesso a água.


Edgardo, assim como outros porto-alegrenses, está seguindo a sugestão do prefeito Sebastião Melo (MDB) de que pessoas com residência ou possibilidade de se estabelecer nas praias deixem a capital enquanto a situação hídrica não se normaliza.


O casal enfrentou um trânsito intenso para sair de Porto Alegre. O trajeto entre as avenidas Ipiranga e Bento Gonçalves até o trecho da RS-040 na saída da zona central de Viamão,

por exemplo, de pouco menos de 20 km, demorou cerca de uma hora para ser percorrido.


Depois o ritmo do trânsito ficou alternando entre fluxo sem interrupções e duas paradas “arranca e pára” de aproximadamente 20 minutos, e melhorou próximo às entradas das cidades litorâneas.


O empresário Alexandre Arena Filho está no bairro Assunção, também na zona sul de Porto Alegre, e em um primeiro momento não pretendia deixar a cidade. Agora, vê a viagem como inevitável.


Um dos motivos é a falta de perspectiva para que a situação se estabilize na cidade, além da previsão de mais chuvas para o final da semana. A ideia, ele diz, deve ser retornar com uma tia a Capão da Canoa (RS), onde a família mora.

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