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“Agora vamos trabalhar e vamos em frente”, diz Mariana Perdomo após polícia isentar doceria em caso de mortes

Empresária contou sobre o alívio da solução do caso e lamentou as mortes



Jornal Opção

Empresária deu coletiva à imprensa | Foto: Raphael Bezerra/Jornal Opção



A empresária Mariana Perdomo, alvo de ataques nas redes nos últimos dias, concedeu coletiva à imprensa na tarde desta quinta-feira, 21, após a Polícia Civil isentar, oficialmente, a doceria no caso de duas mortes por envenenamento. “Agora vamos trabalhar e vamos em frente. Eu conto com a ajuda de todos, de coração, para nos ajudar nessa volta”, disse. Vale destacar que Amanda Partata, uma advogada de 31 anos, foi presa suspeita dos crimes.


O alívio veio apenas com a nota oficial da Polícia Civil que descartou erro da confeitaria ou participação no caso. “Eu fiquei muito aliviada de ouvir deles, porque no fundo a gente já sabia. Hoje, o mundo muda muito rápido, então eu não celebro nada da minha vida de última hora. Eu não parei de orar pelas pessoas que fizeram isso, eu orava a todo momento”.


Ação rápida


De acordo com Mariana, a informação de que duas pessoas estavam hospitalizadas após supostamente terem ingerido seus produtos a assustou, mas as ações foram tomadas de imediato. “Li as mensagens, liguei para a pessoa da família que me comunicou e já pedi para separar e retirar todos os lotes do produto de circulação e acionei a vigilância sanitária, pedindo a fiscalização”, explicou.


Prejuízos


Os prejuízos à imagem da marca Perdomo, diz Mariana, “não se comparam com a perda de duas vidas”. “Eu não me dou o direito de reclamar, tenho tudo que preciso, eu tenho vida, tenho saúde, tenho um time, família e amigos, além de profissionais maravilhosos que trabalham ao meu lado”, comentou.


Com cerca de 200 funcionários diretos, a empresa tem seu pico de vendas na semana que antecede o Natal, justamente quando as acusações começaram a ser feitas. Mariana contou que foi ontem, 20, à loja de drive-trhu e foi recebida por uma vendedora de salgados que tira o sustento com a venda dos alimentos para os motoqueiros que fazem as entregas dos doces.


“Ela me abraçou e disse ‘Graças a Deus que foi resolvido, eu sustento quatro filhos com as vendas aqui. Se os motoqueiros não ganham dinheiro, eu também não vendo'”, revela.


Lojas ficaram esvaziadas


Ao relatar sobre como as acusações refletiram no negócio, Perdomo conta que as lojas ficaram vazias nos primeiros dias. “Completamente vazias, uma equipe completamente abalada por causa da exposição porque todo mundo sabe que tem que sustentar a família. Fora a quantidade de pessoas que indiretamente dependem do nosso trabalho”.


Durante os quatro dias em que o caso veio a tona, Mariana disse que buscou em sua fé o necessário para enfrentar a situação. “Isso que manteve firme, porque quando você tem 200 colaboradores que dependem de você, não pode cair. Você não pode chorar, você não pode dar o direito de se revoltar, você não pode, você tem que segurar aquilo ali”, comentou.


Lição para as redes sociais


Sobre os ataques que sofreu nas redes sociais, Perdomo cobrou mais responsabilidade no uso da internet. “O que eu, como pessoa, posso ter um pouquinho de sensibilidade antes de comentar? Não somente na internet, mas no grupo de amigos, reuniões de família. Eu preciso fazer esse comentário? Ele vai mudar a vida de alguém? É preciso ter mais sensibilidade”, alerta.

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