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74% dos goianos dependem exclusivamente do SUS

O acesso à saúde particular não é somente questão de dinheiro em Goiás, que lida com a geografia do estado. Já o SUS atende todos os municípios goianos



Jornal Opção




Na última semana, a cantora Jojo Toddynho e o Ministério da Saúde protagonizaram uma discussão nas redes sociais: a influencer direitista afirmou que “só fala bem do SUS quem não usa” e a pasta respondeu com uma cartilha provando que, na prática, todo mundo usufrui dos serviços do SUS – inclusive ela. 


Aqui em Goiás, cerca de 74% da população depende exclusivamente do Sistema Único de Saúde (SUS) para exames e tratamentos médicos, segundo a Secretaria de Estado de Saúde. No entanto, a pasta garante que os serviços são usufruídos por todos os goianos.


No cotidiano, o SUS, através da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária):


  • Fiscaliza a qualidade dos alimentos e remédios de todos os estabelecimentos;

  • A distribuição de água própria para consumo em casa também a responsabilidade do SUS;

  • Os portos, aeroportos e fronteiras para evitar a entrada e expansão de doenças vindas do exterior, por avião ou ônibus.


Para concluir que 5.493.416 habitantes de Goiás dependem somente do SUS, a Secretaria subtraiu os 1.930.213 beneficiários de planos de saúde do total de habitantes do estado. A porcentagem apresentada pode não ser exata porque alguns deles podem usar a rede particular. 


No entanto, a discussão é mais complexa que isso. O debate provocado por Jojo sobre o acesso e qualidade do SUS não é restrito à questão econômica, mas também à geográfica. Em 2023, o Ministério divulgou que 109 municípios de Goiás dependem exclusivamente do SUS porque não há atendimento médico privado nas cidades. 


O dado é do levantamento do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) e, em todo o Brasil, são mais de 1,9 mil municípios sem prestação de serviços médicos privados. Cerca de 92% dessas cidades têm menos de 20 mil habitantes.


Mesmo com a crise na saúde de Goiânia, Goiás focou na regionalização da oferta de saúde. Em 2024, houve um aumento do investimento em saúde acima do mínimo constitucional de 12% anual, atingindo 14,44%.

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