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Vaticanistas calculam que conclave elegerá novo papa em até 5 votações

O conclave que elegerá o sucessor de Francisco foi marcado para começar no dia 7 de maio. No dia 8, já se teria o novo papa




Metrópoles




O conclave que elegerá o sucessor de Francisco foi marcado para começar no dia 7 de maio. Se tudo correr como o previsto, e nunca há garantia integral de que será assim, a Igreja Católica terá um novo papa já no dia 8.


Em um conclave, há quatro votações por dia: duas de manhã, duas à tarde. As três últimas eleições na Capela Sistina se resolveram em pouco tempo.


O conclave que elegeu João Paulo II, em 1978, teve oito escrutínios; o que escolheu Bento XVI, em 2005, apenas quatro; o que apontou Francesco, em 2013, cinco. Desde 1900, a média de duração é de três dias.


Abre parêntese. A título de curiosidade histórica, a eleição papal mais breve foi a de Júlio II, o papa do Renascimento, em 1503. Em dez horas, a fatura foi liquidada. A eleição mais longa, a que sagrou Gregório X, levou dois anos e nove meses, entre 1268 e 1271, com reuniões espaçadas ao longo dos meses. Cansados do impasse, habitantes de Viterbo, então sede papal, trancaram a chave os cardeais no grande sala do palácio pontifício e disseram que eles só sairiam de lá quando houvesse uma escolha — daí o nome de “conclave”, do latim “cum clave”.


A aposta (calculada) dos vaticanistas italianos é que o conclave do sucessor de Francisco deverá ter, no máximo, cinco votações.


Para ser eleito papa, um cardeal precisa ter um mínimo de dois terços dos votos. A primeira votação costuma ser de reconhecimento de campo. Em 2013, o argentino Jorge Mario Bergoglio teve somente 12 votos nessa etapa e toda a estratégia de cooptação foi montada a partir desse número.


Na terceira votação, em geral, o quadro fica mais claro. Como diz o Corriere della Sera, é “quando uma minoria consegue um terço dos votos para formar um bloco que impede ao candidato mais forte de prosseguir”. É a hora de apagar reticências com compromissos.


O jornal lembra que, em 2005, Bergoglio foi quem atingiu esse terço. Para superar resistências ao seu nome, o alemão Joseph Ratzinger, o nome com mais votos, blefou na hora do almoço: disse que iria renunciar à candidatura. Foi assim que conseguiu a adesão de quem ainda relutava a escolhê-lo. No final do dia, ele foi eleito.


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