A Vai de Bet ressaltou que não poderia manter parceria com as suspeitas, que fogem à conformidade com a ética e os preceitos legais
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Camisa do Corinthians com patrocinio da Vai de Bet. Foto: Divulgação
A Vai de Bet decidiu rescindir nesta sexta-feira (7) o seu contrato de patrocínio com o Corinthians. A decisão vem na esteira da investigação de um repasse de pouco mais de R$ 1 milhão em comissão à Neoway Soluções Integradas – Edna Oliveira, a mulher que figura como dona da empresa, é apontada como laranja.
Em notificação, a empresa havia concedido dez dias para que o Corinthians esclarecesse o episódio. O prazo se encerrou nesta quinta-feira (6), e as respostas do clube não foram satisfatórias. Em nota emitida na véspera do fim do prazo, o Corinthians informou que encaminhou ofício à Vai de Bet tirando dúvidas sobre “as tratativas adotadas pelo clube”, que notificou a intermediária e que vai contratar uma outra empresa para realizar de apuração autônoma.
A empresa disse que se viu obrigada a tomar a atitude e lamentou o episódio. A Vai de Bet ressaltou que não poderia manter parceria com as suspeitas, que fogem à conformidade com a ética e os preceitos legais, e que exerceu a rescisão a partir de cláusulas contratuais para proteção da marca.
O caso é alvo de investigação pela Polícia Civil de São Paulo. O Blog do Juca Kfouri, do UOL, revelou no dia 20 de abril que a Rede Social Media Design, do empresário Alex Cassundé, repassou o valor à Neoway depois de receber a primeira parcela dos 7% de comissão pelo acordo Corinthians-Vai de Bet. A Rede Social é intermediária do acordo de patrocínio e consta do contrato.
Edna Oliveira dos Santos, dona da Neoway, vive em uma casa de nove metros quadrados, em bairro de Peruíbe (SP). Ela depende de Bolsa Família para sobreviver e disse ao UOL jamais ter assinado qualquer documento referente à abertura de uma empresa.
A Neoway foi aberta com assinatura digital, com um endereço de e-mail que não existe, um endereço residencial falso para a sua fundadora. A empresa foi registrada na Avenida Paulista 171, 4º andar: o local pertence à startup Company Hero, que diz nunca ter tido qualquer negócio ou contato com Edna ou com a Neoway.
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