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Vacinação infantil em alerta: Goiás não atinge metas e pais expõem crianças a doenças evitáveis

Cobertura vacinal contra a Influenza no Estado de Goiás, em crianças de 6 meses a 5 anos, é de 50,07%



Jornal Opção

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A vacinação infantil é uma etapa fundamental para o desenvolvimento saudável de todas as crianças. Em Goiás, os dados mais recentes da Secretaria Estadual de Saúde revelam que nenhuma das oito vacinas obrigatórias para crianças de até 5 anos atingiu cobertura total em 2025, embora alguns índices estejam próximos ou acima das metas estabelecidas pelo Ministério da Saúde.


A cobertura vacinal contra a Influenza no Estado de Goiás, em crianças de 6 meses a 5 anos, é de 50,07%. Já a vacinação contra catapora atingiu apenas 56,07%, bem abaixo da meta de 95%. Outro dado preocupante diz respeito à imunização contra febre amarela, cuja cobertura foi de 74,32%, quando o ideal também seria 95%.


Segundo levantamento da Secretaria Estadual de Saúde, apesar de não haver cobertura plena, os índices superam 80% contra doenças como hepatite A e poliomielite. A cobertura é superior a 90% contra pneumonia e hepatite B. Além disso, Goiás superou a meta do Ministério da Saúde na vacinação de crianças contra tuberculose, com índice de 93,67%, acima da exigência mínima de 90%.


A médica alergista e associada à Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), Michelle Machado, explicou que, ao nascer, a criança ainda está em desenvolvimento imunológico. “Toda a imunidade do bebê ao nascer vem da mãe, principalmente no caso dos que nascem no tempo certo. O bebê prematuro é mais complicado. Esse bebezinho nasce praticamente sem nenhuma imunidade”, afirmou.


A médica explica que o papel das vacinas é treinar o sistema imunológico. “Ensinar o nosso sistema imune quem é inimigo e quem não é. Por exemplo, quando a criança se alimenta, o alimento não deve ser um inimigo. Já quando a criança tem uma infecção, o sistema imune precisa entender que aquele microrganismo é um inimigo”, esclarece.


Michelle Machado enfatiza que as vacinas são “ouro” na vida das pessoas, por oferecerem proteção contra desfechos graves. “A vacina faz com que o paciente não morra ou não vá para um desfecho grave, como a UTI, muitas vezes com sequelas. A vacina não impede necessariamente a doença, mas impede que ela evolua de forma grave”, destaca.


Segundo a médica, a falta de vacinação ainda resulta, diariamente, em casos graves de doenças que poderiam ser evitadas. “Isso é muito triste para nós, médicos. Quando sabemos desses casos, ficamos indignados, porque as vacinas não causam os males que são divulgados em fake news”, afirma.


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