Em decisão final, ginasta americana terá que devolver o bronze para Ana Barbosu, que escreveu nos stories: "Sabrina, Jordan, meus pensamentos estão com vocês"
GE
Jordan Chiles em Paris 2024 — Foto: Naomi Baker/Getty Images
A disputa jurídica pelo bronze no solo da ginástica artística nas Olimpíadas de Paris parece ter chegado ao fim. Na última segunda-feira, a Confederação de Ginástica Artística dos EUA anunciou que o Tribunal Arbitral do Esporte não reconsiderará a decisão do CAS (Corte Arbitral do Esporte) de reaver a medalha de Jordan Chiles.
A USA Gymnastics tinha enviado o pedido de revisão após o CAS ordenar que a americana devolvesse a medalha à romena Ana Barbosu depois da reavaliação das notas. Nas redes sociais, a nova medalhista se pronunciou sobre o caso e mostrou solidariedade com as colegas.
O CAS anunciou a alteração das notas da final do solo na ginástica artística no último sábado (10). Desde então, iniciou-se uma disputa judicial pela medalha de bronze. Após a revisão, a americana Jordan Chiles, que subiu ao pódio para receber o bronze, passou a ter uma avaliação menor do que as romenas Ana Barbosu e Sabrina Maneca-Voinea. Com isso, o bronze passaria a ser de Barbosu e Jordan teria que devolver a medalha.
Após a final do solo, Barbosu e a Confederação de Ginástica Artística da Romênia entraram com um recurso ao CAS pedindo a alteração. A justificativa era de que o técnico de Jordan teria pedido o acréscimo de 0.100 dado à nota da ginasta após o prazo de um minuto e que, portanto, a americana não deveria receber a pontuação de 13,766 que a levou ao terceiro lugar.
Depois do CAS ter concedido a alteração, a USA Gymnastics enviou à Corte, no último domingo (11), um vídeo o qual registrava a data e a hora que o treinador fez a solicitação. A Confederação afirmou que não existiu irregularidade e tentou pedir uma nova revisão do Tribunal Arbitral do Esporte. Porém, na segunda-feira, o pedido foi negado em uma decisão final das autoridades.
De acordo com uma postagem nas redes sociais da USA Gymnastics, o Tribunal Arbitral do Esporte afirmou que as regras não permitem a reconsideração de uma sentença arbitral, mesmo quando novas evidências conclusivas são apresentadas.
— Estamos profundamente decepcionados com a notificação e continuaremos buscando todos os meios e processos de apelação possíveis, incluindo o Tribunal Federal Suíço, para garantir a pontuação, a classificação e a concessão de medalhas justas para Jordan — disse a Confederação americana.
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