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Torcida do Fortaleza vibra com tri da Copa do Nordeste na Arena Castelão

GE


Torcedores do Fortaleza comemoram título da Copa do Nordeste de 2024. — Foto: Kid Junior/SVM


Todo mundo queria estar junto, gritar numa só voz para apoiar o Fortaleza, em Alagoas, no último jogo da final da Copa do Nordeste. Quem não conseguiu ir ao Estádio Rei Pelé, pôde acompanhar a disputa direto da Arena Castelão, neste domingo (9). O torcedor do Leão estava confiante. O placar de 2 a 0 no duelo de ida dava boa vantagem para o segundo jogo diante do CRB. Mas, como toda história que preza pela emoção, o riso fácil virou apreensão até desaguar na alegria suada. O time de Juan Pablo Vojvoda testou o coração leonino até conquistar a taça nos pênaltis.


Famílias, grupos de amigos, gente que viu a partida sozinho, abraçado ao nervosismo. O Castelão, palco de tantas glórias, era casa da expectativa mais uma vez. Olhos vidrados nos telões. Nos minutos iniciais, Moisés sente lesão e Nahuel, auxiliar de Vojvoda, é expulso. Os dois deixam o campo.


Sem o artilheiro e sem o assistente do técnico, a apreensão tomou conta de quem estava em campo e fora dele. A tranquilidade se dissolveu aos poucos. Mãos no queixo, gente que sequer conseguiu sentar. Lucero e Machuca tiveram chances, mas não converteram. Em casa, diante da torcida, o CRB pressionava sem pudor.


Enquanto o Leão do Pici não respondia na bola, restava ao torcedor vibrar com a breve discussão entre João Pedro e Alemão, do time adversário. A cada erro da equipe alagoana, aplausos do tricolor. Quem também foi aclamado pela torcida foi João Ricardo. Sem dúvida, o mais acionado e - novamente - decisivo para o resultado que viria. O goleiro segurou o ataque do CRB, que não deu descanso.


O time alagoano voltou para o segundo tempo ainda mais forte. Não demorou para João Neto abrir o placar. Festa no Rei Pelé e muitas críticas no Castelão. Enquanto Vojvoda esbravejava com o time, a torcedora levava as mãos à cabeça. Parecia inacreditável. Restavam 25 minutos pela frente. O primeiro chute de perigo do Fortaleza veio com Pedro Rocha. Era pouco para o potencial da equipe cearense. Mas o camisa 35 fez o segundo dele, fechou o resultado em 2 a 0 e forçou a ida para os pênaltis.


Anselmo Ramon abriu as cobranças e isolou a bola. Dali em diante, o Fortaleza só precisava carimbar as redes adversárias sem vacilo. Deu certo. No chute final, Pikachu selou a vitória e devolveu o sorriso ao tricolor. Cristina Elisamara, de 35 anos, torce pelo time desde a adolescência. Por causa de amigos, começou a ir aos jogos. Grávida de oito meses do pequeno Elison, ela vibrou com mais essa conquista.


"Esse tricampeonato é uma história. Já tinha batido na trave duas vezes. Não posso dizer o que o Fortaleza representa para mim, senão o menino vai nascer. Não viajei porque estou grávida de oito meses.”


Amanda Nobre e Tiago Queiroz, juntos há 25 anos, são tricolores desde a infância. Se conheceram no colégio, namoraram, casaram e vivem esse amor junto ao clube. Para ela, a taça é resultado de um grande trabalho.


"Representa mais um acréscimo a nossa história. É nossa vitória! Porque nós, do Fortaleza, não somos só um time. Nós somos uma família. A gente luta por esse time e segue ele para onde ele vai. E nada mais justo do que a gente concretizar o nosso esforço com o título. A gente merece", reforçou.


Teve forró, cerveja, grito, aplauso. Teve choro e vibração. Agora, desde que Vojvoda chegou ao clube em 2021, o torcedor pode contabilizar pelo menos um título por ano. O Leão vestiu a orelhuda de vermelho, azul e branco mais uma vez. Fortaleza, dono do Nordeste.

 
 
 

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