Suspeito de aplicar golpe de cerca de R$ 25 mil em funcionária pública que achou que pagava taxa de entrega falou que cartões não tinham sido aceitos, diz defesa
- pereiraalves4
- 16 de jun.
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De acordo com o boletim de ocorrência, a vítima acreditou que estava pagando o valor de R$ 5,90 para receber o 'presente' no dia do seu aniversário. Suspeito deve responder pelo crime de estelionato.
G1-Goiás

O suspeito de aplicar golpe de cerca de R$ 25 mil em uma funcionária pública, que achou que pagava uma taxa de entrega de buquê, alegou que os cartões não tinham sido aceitos e realizou diversas tentativas de pagamento, de acordo com o advogado responsável pela defesa da mulher, Gabriel Fonseca. Caso aconteceu em Anápolis, a cerca de 55 km de Goiânia.
“Ela pegou o cartão de crédito, aproximou da maquininha, e o rapaz disse que a transação não foi aceita. Ela usou outro cartão, e ele afirmou que também não funcionou. Em seguida, ela utilizou o cartão da mãe e, mais uma vez, não teve sucesso”, explicou o advogado.
De acordo com o boletim de ocorrência, a vítima acreditou que estava pagando o valor de R$ 5,90 para receber o "presente" no dia do seu aniversário. O suspeito, que se apresentou como funcionário de uma floricultura, havia feito uma ligação para ela informando sobre o buquê antes de ir até a sua casa.
A mulher relatou que ainda contestou, mas o golpista insistiu ao afirmar que o presente era de um admirador secreto.
Após as "tentativas de pagamento", o homem foi embora com a justificativa de que iria buscar outra máquina para finalizar a transação, mas subiu na moto e não retornou. Ao perceber que o entregador não voltou, a funcionária acessou o aplicativo do banco e percebeu que havia caído em um golpe.
O caso aconteceu em 23 de abril e está sendo investigado pela Polícia Civil. O suspeito, que não teve a identidade divulgada, deve responder pelo crime de estelionato. De acordo com a delegada Maria Etherna, a pena pode chegar a cinco anos de reclusão.
Prejuízo
Segundo a vítima, foram mais de R$ 17 mil parcelados em três compras somente no cartão da mãe. Nos outros dois cartões, o prejuízo somado foi de R$ 8 mil. A mulher foi até a delegacia para denunciar o caso e entrou em contato com o banco na tentativa de reverter as transações.
Além do impacto financeiro, a funcionária está se sentindo envergonhada por ter caído no golpe e abalada diante do risco de não conseguir reaver o valor perdido. O advogado informou que ingressou com uma ação cível para responsabilizar o banco. Segundo ele, houve falha ao não incluir uma “trava” de segurança.
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