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Suposto serial killer, Rildo Soares confessa três feminicídios em Rio Verde, diz delegado

Suspeito não descarta envolvimento nas mortes das duas mulheres desaparecidas e afirma não se lembrar




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O suposto serial killer, Rildo Soares dos Santos, de 33 anos, confessou à polícia a autoria de três feminicídios em Rio Verde durante um novo depoimento na Casa de Prisão Provisória nesta terça-feira (23).


O delegado Adelson Candeo, titular do Grupo de Investigações de Homicídios (GIH), detalhou o relato de Rildo durante a oitiva sobre os crimes e as motivações de cada execução. “Rildo admitiu e confirmou a morte de Monara Pires Gouveia, Alexânia Hermógenes Carneiro e Elisângela da Silva Souza”, afirmou.


Segundo o delegado, Rildo alegou que matou Monara após ela ter furtado R$ 600 da casa dele durante uma limpeza, valor que ele disse ser para pagar o aluguel. “Ele disse que a encontrou um mês depois, levou-a a um terreno e a matou”, explicou Candeo. Em vídeo divulgado pela GIH, Rildo aparece em um trecho relatando como teria matado a jovem, “Dei duas cacetadas nela. Ela caiu lá e eu coloquei fogo na cama box e aí saí correndo do local.”


Sobre Alexânia, conhecida como Lessi, Rildo relatou disse que ficou revoltado porque ela comprou droga de um traficante dizendo que seria para ele. “Com raiva, perdeu o controle e a matou”, reforça Candeo. Quanto a Elisângela, o delegado explicou que ela conseguiu desarmá-lo e golpeá-lo no braço antes de ser morta. “O suspeito contou que ela pegou sua faca, acertou o braço dele e ele a matou”, revela.


Casos de confissão parcial


Rildo negou conhecer Ingrid Ferreira Barbosa Romagnoli, de 38 anos, e Neilma de Souza Carvalho, de 43, ainda desaparecidas na região, mas não descartou a possibilidade de ter cometido crimes contra elas.


“Ele disse que não se lembra de muitas coisas, que durante a noite ouve vozes e sente impulsos, precisa sair de casa e depois não se recorda do que fez”, afirmou o delegado. Segundo Candeo, o suspeito não apresenta transtornos mentais. “Ele tem documentação regular, habilitação, título de eleitor e demonstra maldade nos atos que confessou”, completou.


Durante a oitiva, Rildo negou todos os crimes praticados na Bahia. No entanto, um oficial de justiça esteve na CPP para entregar uma intimação referente a um estupro ocorrido em setembro de 2024. “Enquanto falava conosco, chegou um oficial de justiça para intimá-lo sobre esse processo”, relatou o delegado.


Indiciamento marca nova fase das apurações


Candeo informou que, com as confissões das três primeiras vítimas, será solicitado o indiciamento do suspeito. As investigações seguem com reprodução simulada no caso de Monara, novas buscas pelo corpo de Ingrid e outras possíveis vítimas, confronto de DNA com material colhido nos corpos, perícias de sangue e DNA em roupas, oitivas de testemunhas e análise de celulares e cartões de crédito, incluindo o dispositivo móvel de Elisângela, que Rildo confessou onde teria enterrado.


No caso de Elisângela, o material genético colhido foi positivo para espermatozoides encontrados na vítima, confirmando o estupro. O delegado afirmou que a investigação continua em andamento e novas diligências serão realizadas nos próximos dias.

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