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STF mantém arquivamento de processo contra padre Robson por supostos desvios de dinheiro da Afipe

Religioso tinha sido denunciado pelo MP-GO por apropriação indébita, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro doado por fiéis. Defesa justifica que padre é inocente e, por isso, agora não pode ser investigado nas áreas cível e criminal.



G1-Goiás

Padre Robson foi alvo de operação do MP na Afipe — Foto: Afipe/Divulgação




O Supremo Tribunal Federal (STF) manteve o arquivamento de um processo contra o padre Robson de Oliveira por supostos desvios de dinheiro enquanto era presidente da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe). O religioso tinha sido denunciado pelo MP-GO por apropriação indébita, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro doado por fiéis.


O arquivamento foi mantido durante sessão da 1ª turma do STF realizada na terça-feira (10). Ao g1, o advogado Pedro Paulo de Medeiros, que constitui a defesa do padre, justificou a decisão do Supremo ao pontuar que “nunca houve qualquer irregularidade praticada pelo padre Robson na condição de presidente da Afipe”.


Na sessão, o ministro Alexandre de Moraes detalhou que a ação arquivada é relacionada a ação que o Ministério Público de Goiás ingressou depois que o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) concedeu um habeas corpus “confirmando a liminar para trancar o inquérito civil que analisava os supostos desvios”.


“O inquérito civil analisava questões fáticas, idênticas, mas sob outra ótica, sob a ótica do desvio de dinheiro de fundações. Analisava questões que também tinham sido tratadas no procedimento de inquérito de investigação criminal de 2018. A Afipe na questão civil estava sendo investigada no inquérito civil, para apurar a ‘notícia de que o padre Robson de Oliveira Pereira, diretor da Afipe, estaria utilizando os valores arrecadados da associação em benefício próprio’. Esse era o objeto dentro do âmbito do MP, apurado em inquérito civil”, detalhou o ministro.


O advogado Pedro Paulo de Medeiros detalhou que, após a Operação Vendilhões, desencadeada pelo Ministério Público do Estado de Goiás, o padre Robson de Oliveira foi acusado no âmbito criminal. A defesa explicou que a investigação foi arquivada pelo Tribunal de Justiça de Goiás e que, posteriormente, o arquivamento foi confirmado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) em 2022.


Com esse arquivamento da investigação criminal, no entanto, o Ministério Público teria aberto uma nova frente de investigação sob a forma de um inquérito civil público, com o objetivo de apurar supostos atos de improbidade na gestão da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), presidida pelo padre Robson.

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