Sogra morre após infartar por genro ameaçar ela e a filha com arma e atirar para o alto durante discussão, diz polícia
- pereiraalves4
- 18 de mar.
- 3 min de leitura
Genro foi preso após ser contido por parentes, em Inhumas. Defesa diz que ele está abalado e vai esclarecer os fatos durante o processo judicial.
G1-Goiás

Lúcia Helena Rosa Lino, de 57 anos, que morreu após infartar depois de o genro fazer ameaças contra ela e a filha, em Inhumas — Foto: Reprodução/Redes sociais e Divulgação/Polícia Militar
O genro suspeito de ameaçar a sogra com uma arma tentou impedir família de ligar para polícia, segundo a filha Amanda Rosa Lino. Lúcia Helena Rosa Lino morreu depois de infartar após a ameaça. Segundo a Justiça, Rodrigo Alves Primo, de 32 anos, teve a prisão convertida em preventiva e continua preso.
Lúcia Helena, de 57 anos, chegou a implorar para que o genro a soltasse, pois estava sentindo dores no peito e precisava tomar o remédio. Segundo a filha, Lúcia era hipertensa. “Me solta, você sabe que eu tenho problema de pressão. Não faz isso não”, teria dito a mulher para o genro, segundo Amanda.
A declaração foi dada ao g1 pela filha da vítima, Amanda Rosa Lino, que ajudou a segurar o suspeito até a chegada da Polícia Militar (PM). As ameaças de morte começaram logo que a sogra recebeu o genro no portão e ele pegou a arma, conforme a família da vítima.
Rodrigo está preso na Unidade Prisional Regional de Itauçu. Em nota, a defesa do suspeito informou que lamenta a morte de Lúcia e que Rodrigo está abalado com o ocorrido. A advogada informou que o suspeito é réu primário e que “a verdade real dos fatos será, em tempo oportuno, devidamente esclarecida no bojo do processo judicial”.
O caso aconteceu na quinta-feira (13), no Setor Teodoro Alves Rezende, em Inhumas, na Região Metropolitana de Goiânia. A família contou que a mulher de Rodrigo havia saído de casa, no dia anterior, após o casal ter uma briga. Conforme o relato, o suspeito não aceitou o término da relação e foi até a casa da sogra, onde estava a companheira.
Tiro e ameaças
Amanda contou que Rodrigo havia dito, por telefone, que iria até a casa da sogra para ter uma conversa amigável com a mulher. Contudo, em depoimento, a esposa de Rodrigo disse que ele chegou ao local, desceu do veículo segurando uma latinha de cerveja e, no momento em que sua mãe estendeu a mão para cumprimentá-lo, ele sacou uma arma de fogo da cintura, apontou em direção à cabeça dela e disse: “Você não fala que mata ou morre por causa de sua filha?”. Ele ainda teria pego o celular da sogra para que ela não ligasse para a polícia.
Nesse instante, segundo a mulher de Rodrigo, o suspeito se virou para ela e a ameaçou dizendo: “Se você não ficar comigo, não ficará com mais ninguém”. Ela então foi para a rua e ligou para a irmã. Rodrigo atirou, e ela achou que o esposo tinha atirado na mãe dela, mas ele mirou para o alto. Em seguida, conforme o depoimento, o suspeito apontou a arma para as duas.
A mulher também confirmou o relato de que o esposo colocou o revólver no ouvido de Lúcia, momento em que ela implorou para que ele a soltasse para que tomasse remédio. Segundo a filha, o suspeito sabia que a sogra era hipertensa e “não podia passar por sustos ou sofrer emoções fortes”.
Prisão
Amanda contou que ela e o marido foram para a casa da mãe após a irmã pedir socorro. "Minha irmã me ligou desesperada pedindo ajuda. Eu desci para lá [com o marido], e quando cheguei, ele já estava enforcando minha mãe e com a arma no ouvido dela falando que iria matá-la”, disse Amanda.
Segundo a filha, houve uma briga generalizada entre a família, que conseguiu conter o suspeito. A Polícia Militar informou que foi acionada e, quando chegou ao local, os parentes estavam segurando a mão de Rodrigo, que ainda estava com a arma.
Os militares conseguiram tirar a arma que estava carregada com quatro munições. Em seguida, ele foi preso e o casal de cunhados encaminhadas para Unidade de Pronto Atendimento (UPA), devido às lesões que sofreram pelo corpo durante a briga.

.png)











Comentários