Dona da clínica onde o procedimento foi realizado está presa. Defesa diz que ela tem liberação para realizar os procedimentos e que o produto usado é legal.
G1-Goiás
Danielle Mendes Xavier de Brito Monteiro morreu após passar por um procedimento estético no rosto, em Goiânia — Foto: Reprodução/Redes Sociais
A Polícia Civil informou que a servidora pública Danielle Mendes Xavier de Brito Monteiro, que morreu após realizar um procedimento no rosto em uma clínica estética, em Goiânia, pode ter tido uma reação alérgica gravíssima (anafilaxia) após a aplicação de um produto chamado hialuronidase. A dona da clínica onde o procedimento foi realizado está presa.
Em nota enviada à imprensa na quinta-feira (5), a Polícia Civil explicou que a hialuronidase usada na paciente foi feita em uma farmácia de manipulação e, de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os produtos injetáveis com finalidade estética precisam obrigatoriamente ser oriundos de indústria e ter aprovação do órgão de controle sanitário.
Com um produto de fábrica e aprovado pela Anvisa, fica garantido o padrão de qualidade e de segurança. Sem isso, há risco de contaminação e efeitos adversos graves nos pacientes. A polícia ainda orientou que os consumidores devem exigir a aplicação de produtos aprovados pela Anvisa e devem sempre conferir os rótulos antes do procedimento.
O g1 Goiás entrou em contato com a Anvisa, por e-mail, nesta sexta-feira (6), às 7h, para um posicionamento sobre a regulamentação do produto hialuronidase com finalidade estética e aguarda retorno.
A dona da clínica estética, localizada no Parque Lozandes, foi presa na segunda-feira (2), depois que medicamentos vencidos, anestésicos de uso hospitalar, itens cirúrgicos sem esterilização e materiais limpos misturados com materiais sujos foram encontrados no local.
Em nota, a defesa da empresária negou afirmações feitas pela delegada Débora Melo, de que ela não teria formação para realizar o procedimento e que usou na vítima um produto proibido pela Anvisa.
Segundo os advogados José Patrício Júnior e Antônio Celedonio Neto, a dona da clínica tem formação em biomedicina e enfermagem e, por isso, tem autorização para fazer os procedimentos. Explicou também que os produtos usados na clínica, “possuem autorização para serem comercializados”.
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