Segundo a Secretaria Municipal de Saúde é o primeiro caso da doença, que é rara, na cidade neste ano. Para entender sobre a doença
G1-Goiás
Os flebótomos são os transmissores da leishmaniose — Foto: BBC
Uma criança de 3 anos foi diagnosticada com leishmaniose visceral humana, em Caldas Novas, no sul de Goiás. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde é o primeiro caso da doença, que é rara, na cidade neste ano. Para entender sobre a doença, o g1 ouviu um especialista em infectologia.
O g1 entrou em contato com a Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) para saber se há registro de outros casos no estado e aguarda retorno.
Conforme a SMS, a vítima está em tratamento em Goiânia e os detalhes do caso seguem no em sigilo para proteção e segurança da paciente e dos familiares.
A secretaria disse ainda que as ações de prevenção e controle da doença já estão sendo tomadas em conjunto seguindo as orientações da Secretaria Estadual de Saúde e Ministério da Saúde.
Segundo a pasta, seguindo os protocolos sanitários, foi realizada uma ação de bloqueio na casa da criança e também nas proximidades, descartando outros casos.
Antes mesmo da confirmação do diagnóstico, as equipes da Secretaria Municipal de Saúde realizaram exames nos cães do local, cujos resultados foram negativos.
O g1 conversou com o médico infectologista Werley Freire, que explicou que a doença é rara. Ele também orienta a como tratar e prevenir.
O que é a Leishmaniose?
A Leishmaniose é uma antropozoonose, ou seja, uma doença primária de animais que pode ser transmitida aos humanos.
Ela é causada pelo protozoário intracelular do gênero Leishmania e transmitida pela picada da fêmea de insetos flebotomíneos, o mosquito palha.
A manifestação da doença pode ser vista através de lesões na pele, mas também pode variar causando lesões nos órgãos internos levando até a morte.
“Os quadros da forma visceral evoluem com anemia grave, sangramentos e diminuição da imunidade, o que torna a pessoa alvo de infecções bacterianas por exemplo, e nesses casos pode ter uma evolução para óbito”, conta o médico.
A evolução para doença sintomática pode ocorrer em semanas ou anos, mas também pode ser subaguda, aguda ou crônica, podendo ser fulminante, ou seja, rápida e instantânea em 90% dos casos.
Werley conta que há alguns fatores de risco em que há situações onde se torna mais frequente ter a doença, são elas:
Pessoas do sexo masculino;
Infecção por HIV;
Imunocomprometimento;
Desnutrição;
Abuso de drogas injetáveis;
Residência ou visitas a áreas endêmicas,
Extremos de idade.
Como tratar
A cura da doença é feita com tratamentos específicos com medicamentos como glutantime e anfotericina.
Como prevenir
Não existe vacina ou medicação para fazer uso preventivamente, a melhor forma de prevenção se baseia no controle de vetores e dos reservatórios, proteção individual, diagnóstico precoce e tratamento dos doentes, manejo ambiental e educação em saúde.
Ou seja, se for a uma localidade onde tenha aumento no número de casos deve-se:
Usar de mosquiteiro com malha fina;
Telar de portas e janelas com malha fina;
Usar repelentes,
Não se expor nos horários de atividade do vetor (crepúsculo, claridade no céu entre a noite e o nascer do Sol, e noite).
Comentarios