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Roberto Jefferson vai a júri popular por tentativa de homicídio contra agentes da PF

Juíza considera haver indícios de que ex-deputado assumiu risco de matar policiais


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(Foto: Reprodução)


A juíza Abby Magalhães, da 1ª Vara Federal de Três Rios, decidiu nesta quarta-feira (13) que o ex-deputado Roberto Jefferson irá a júri popular sob acusação de tentativa de homicídio contra quatro policiais federais.


Ele será julgado por ter assumido o risco de matar os agentes que foram ao seu sítio, em Comendador Levy Gasparian (RJ), cidade a 142 km do Rio de Janeiro, atender a ordem de prisão expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Superior Tribunal Federal), em outubro do ano passado.


Magalhães também manteve a prisão preventiva do ex-deputado, por considerar que ele se mantém como um risco à ordem pública. Atualmente, o ex-deputado está sob custódia num hospital particular na zona sul do Rio de Janeiro por autorização de Moraes.


A magistrada não atendeu ao pedido da defesa do ex-deputado de desclassificação do crime para lesão corporal culposa, o que tiraria o caso da análise de jurados.


“Cabe destacar a existência de elementos exteriores que são compatíveis com a tese acusatória de dolo eventual, tais como: i) o elevado número de disparos efetuados pelo réu Roberto Jefferson (cerca de sessenta disparos); ii) a letalidade do armamento utilizado (Carabina Smith & Wesson, calibre 5.56x45mm3) e sua superioridade em relação ao armamento utilizado pelos policiais federais (pistolas calibre 9mm)”, escreveu a juíza.


O júri também analisará a acusação por resistência, posse irregular de arma de fogo de uso restrito e de artefato explosivo sem autorização. A juíza desconsiderou em sua decisão a acusação por dano qualificado, em relação às avarias da viatura da PF.


Em nota, a defesa do ex-deputado disse respeitar, mas discordar da decisão. Os advogados João Pedro Barreto e Juliana França David, que integram a defesa, disseram aguardar intimação para se manifestarem nos autos.


No dia 23 de outubro, Jefferson disparou 60 vezes com sua carabina contra os agentes. Ele também lançou três granadas de luz e som, sendo uma adulterada com pregos.

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