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Quadrilha é alvo de operação por aplicar golpes no whatsapp se passando por ministros de Lula

Quadrilha usava imagens, nomes e informações para se passar por pessoas do alto escalão do Poder Executivo



Jornal Opção

Presidente Lula e Ministro das Comunicações, Jucelino Filho | Foto: Reprodução


Um grupo de estelionatários foi alvo de mandados de busca e apreensão nesta terça-feira, 7, suspeitos de clonar pelo menos seis perfis do WhatsApp de ministros do governo Lula (PT). Segundo a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), a quadrilha usava imagens, nomes e informações colhidas em fontes abertas das autoridades do primeiro escalão do Poder Executivo do país para enganar as vítimas.


Os autores entravam em contato com diretores e presidentes de órgãos públicos e privados e solicitaram ajuda em alguma situação. Geralmente com o pretexto de ajudar terceiros, os falsos ministros pediam às vítimas para que realizassem transferências via Pix para alguma pessoa necessitada.


Os autores diziam que os ministros não poderiam transferir diretamente, pois não poderiam vincular seu nome a tal pessoa e que depois de feito o pagamento solicitado, eles iriam ressarcir a vítima. Até o momento, foram identificadas as seguintes autoridades que tiveram as imagens usadas:

  • Jucelino Filho (Ministério das Comunicações);

  • Camilo Santana (Ministério da Educação);

  • Renan Filho (Ministério dos Transportes);

  • Rui Costa (Casa Civil);

  • Luiz Marinho (Ministério do Trabalho);

  • Carlos Lupi (Ministério da Previdência Social).

Em um dos casos, se passando por um Ministro de Estado, os autores contataram o presidente de uma associação comercial sediada no interior de São Paulo, dizendo que está com uma demanda na cidade vizinha. Em seguida, diz que uma pessoa ligada a ele faleceu em tal local e que precisa passar alguns recursos financeiros para a família, mas não estava conseguindo efetivar a transação financeira e pede para que alguém da associação faça por ele, dizendo que em seguida o pessoal dele faria o ressarcimento.


Os autores tinham conhecimento da agenda das autoridades públicas pelos quais se passavam, pois tal ministro teria tido um compromisso político naquela mesma região, dias antes, e a associação comercial vítima teria participado do encontro. Os fatos passaram a ser apurados pela 5ª DP, após alguns dos Ministros de Estado vítimas terem procurado a delegacia para comunicar a prática de crimes usando os seus nomes.


Após 6 meses de investigação, os policiais com o auxílio operacional das polícias civis de Pernambuco e da Paraíba, além de informações de gabinetes de alguns ministros que tiveram suas imagens e nomes utilizados indevidamente, conseguiram identificar dez integrantes do grupo criminoso, todos residentes nos estados de Pernambuco e Paraíba.


Na operação deflagrada hoje foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão em Recife/PE e um em João Pessoa/PB, nos endereços residenciais dos investigados. Os policiais ainda tentam identificar o número de vítimas enganadas e de autoridades públicas utilizadas pelo grupo criminoso, como também quantificar o total de lucro obtido com os crimes perpetrados e o destino dado a tais valores.


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