Suspeitos chegaram a movimentar mais de R$ 200 mil em apenas cinco dias, segundo a polícia. Mais de 240 contas bancárias foram bloqueadas.
G1-Goiás
19 pessoas foram presas em Goiás e outras cinco continuam sendo procuradas — Foto: Rodrigo Melo/O Popular
Os suspeitos presos em operação contra fraudes eletrônicas usavam "máscaras" com fotos das vítimas para burlar o reconhecimento ou o bloqueio facial para criar ou acessar contas bancárias, disse o delegado responsável pela operação, Leonardo Pires.
Até as 12h desta quinta-feira (29), 19 pessoas haviam sido presas em Goiás e cinco continuavam sendo procuradas, de acordo com a Polícia Civil. De acordo com a PC, os suspeitos chegaram a movimentar mais de R$ 200 mil em apenas cinco dias.
A Operação Golpes S.A foi deflagrada na manhã desta quinta-feira, nas cidades de Goiânia, Trindade, Caldas Novas, Piracanjuba e Bonfinópolis, além de Cáceres, no Mato Grosso. Além dos mandados de prisão, busca e apreensão, houve o bloqueio de mais de 240 contas bancárias dos investigados, conforme a PC.
A polícia apurou que o grupo funcionava como uma empresa, composta por quatro núcleos, onde praticavam diversas modalidades de golpes. De acordo com a PC, os suspeitos chegaram a movimentar mais de R$ 200 mil em apenas cinco dias.
Ao todo, 25 pessoas de 11 estados e do Distrito Federal caíram em golpes aplicados pelo grupo, segundo o investigador.
Segundo o delegado, a quadrilha acessava fotos das vítimas por meio das redes sociais, vazamento de dados, ou pedia que elas enviassem durante a conversa, para criar contas bancárias no nome delas e burlar o reconhecimento facial. Os crimes teriam ocorrido desde 2022.
"Essas fotos, que são o que eles chamam de bonecos, é uma forma que eles têm de tentar burlar os sistemas de segurança, que são os biométricos. Algumas vezes, eles abriam contas correntes em nome de terceiras pessoas que eram vítimas, usando fotos de perfil.
Eles conseguiram essas imagens muitas das vezes com base em vazamento de bancos de dados e às vezes o próprio indivíduo fornecia”, explicou Leonardo Pires.
O grupo é investigado por fraude eletrônica, associação criminosa e lavagem de capitais. Foram apreendidos cartões de contas fraudulentas e de envolvidos nos golpes que emprestavam suas contas para receber os valores.
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