Fábio Correa, prefeito de Cidade Ocidental (GO), é investigado em esquema de fraude a licitação e lavagem de dinheiro na prefeitura
Metrópoles
A Polícia Federal (PF) aponta que o prefeito afastado de Cidade Ocidental (GO), Fábio Correa (PP), usou o filho para esconder o próprio patrimônio, adquirido de forma ilícita nos últimos anos.
Fábio está afastado do cargo desde o início do mês após ser alvo da Operação Ypervoli, conduzida pela PF em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU). O prefeito é suspeito de coordenar organização criminosa que fraudou licitações e superfaturou contratos com o município.
O esquema envolvia empresários beneficiados nos editais, funcionários e secretários da prefeitura. Os contratos com indícios de irregularidades somam R$ 63,5 milhões.
Inquérito da PF obtido pela coluna revela que o patrimônio de Fábio Correa cresceu cerca de R$ 3 milhões desde que tomou posse, em 2017. O valor é superior aos bens declarados desde então. Para a corporação, esse enriquecimento ocorreu de forma ilícita, por meio de lavagem de dinheiro.
Fábio pai e Fábio Filho
Ao analisar escrituras de imóveis de familiares do prefeito, os investigadores da PF apontam que o gestor municipal usou o filho, Fábio Correa de Oliveira Filho, para ocultar parte do patrimônio obtido por meio do esquema criminoso.
No inquérito, os policiais destacam que o filho do prefeito não tem emprego registrado, mas, mesmo assim, conseguiu comprar três imóveis avaliados em R$ 1,010 milhão nos últimos anos.
Fábio Filho é sócio de um restaurante em Brasília, mas possui apenas 10% de cota de participação na sociedade, o que, segundo os cálculos dos investigadores, não é suficiente para comprovar a aquisição dos imóveis em seu nome.
“Fábio Correa Filho não possui outras rendas e não possui ensino superior. Em 2022, ele comprou dois imóveis, sendo um de R$ 400 mil (pagando metade) e outro de R$ 130 mil (pagando metade). Logo, só em 2022, gastou em torno de R$ 265 mil em compra de imóveis”, diz a PF.
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