Polícia prende produtor rural em Goiás suspeito de fraude de R$ 20 milhões
- pereiraalves4
- 6 de nov.
- 2 min de leitura
Operação "Título Cego" desmantela esquema de fraudes envolvendo falsificação de documentos e empréstimos ilegais
Jornal Opção

A Polícia Civil de Goiás prendeu, nesta quarta-feira, 5, um produtor rural suspeito de chefiar um esquema de fraudes financeiras que, segundo as investigações, teria movimentado mais de R$ 20 milhões entre 2024 e 2025.
A ação, batizada de Operação “Título Cego”, foi deflagrada pela Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM) de Santa Helena, que também cumpriu dois mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao investigado.
De acordo com a corporação, o produtor teria firmado diversos contratos de financiamento se valendo do aval de terceiros para justificar supostos custeios de soja e milho.
Além disso, teria se articulado com instituições financeiras, comércios de implementos agrícolas e feito empréstimos pessoais respaldados por cheques alheios, de forma a levantar, de maneira fraudulenta, cerca de R$ 10 milhões.
Também foram identificadas falsificações de assinaturas em duplicatas mercantis e cheques, o que, segundo a polícia, ultrapassa R$ 1,5 milhão.
O delegado responsável, Luís Antônio de Jesus Santos, destacou que o investigado utilizou “cédulas de crédito rural, duplicatas mercantis e empréstimos pessoais garantidos mediante cheques de terceiros”, o que teria gerado uma captação superior a R$ 10 milhões.
Além disso, conforme o depoimento do delegado, a Polícia Civil constatou o envolvimento do suspeito em alienação fiduciária mediante fraude de veículos que pertenciam a terceiros, sem conhecimento dos donos, resultando em ganhos ilegais estimados em mais de R$ 400 mil.
Esses atos foram realizados paralelamente à falsificação de documentos privados.
Embora a colheita da safra de 2024/2025 tenha sido considerada positiva, com faturamento estimado em mais de R$ 10 milhões, o produtor não teria quitado suas dívidas. Assim, quando somadas as captações feitas para suposto custeio da produção e as receitas oriundas da venda de grãos, a vantagem indevida teria alcançado mais de R$ 20 milhões.
As autoridades detalharam ainda que os crimes investigados envolvem contratos fraudulentos e garantias ilícitas, que permitiram ao suspeito ampliar sua movimentação financeira e mascarar prejuízos a credores e parceiros comerciais. Segundo a polícia, o esquema contava com o uso de documentos falsos para sustentar operações de empréstimo rural, além de transferência irregular de bens.
O delegado Luís Santos afirmou que, “em tese, as condutas se enquadram em estelionato, falsificação de documento particular, uso de documento falso e falsidade ideológica, entre outros delitos conexos que seguem sobre a apuração”.

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