Escrivão teria dito que matou Thalisson dos Santos, de 13 anos, após discussão por causa de furto. Investigações apuram mais circunstâncias.
G1-Goiás
Momento em que o adolescente Talisson Ferreira é abordado por carro em rua de Silvânia, em Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera
O escrivão policial Josimar Pereira Batista, de 51 anos, preso suspeito pelo assassinato de Thalisson Ferreira dos Santos, de 13 anos, por estrangulamento, em Silvânia, foi encontrado morto dentro da cela neste sábado (21), confirmou a Polícia Civil por meio de nota.
O policial tinha se apresentado voluntariamente à Justiça, como divulgou a defesa dele à época da prisão.
A Diretoria-Geral de Polícia Penal (DGPP) informou que não fazia a custódia do suspeito por se tratar de um policial civil.
Imagens obtidas com exclusividade pela TV Anhanguera mostram o momento em que o policial civil Josimar Pereira Batista aborda o adolescente Talisson Ferreira dos Santos, de 13 anos, que caminhava na rua. O caso aconteceu em Silvânia, no sudeste do estado, no último domingo (8).
Nas imagens, é possível ver o momento exato em que Talisson andava pela rua, por volta das 19h30, quando o carro de Josimar para ao lado dele. Na sequência, o carro prossegue e não é mais possível ver o adolescente.
Outro vídeo, gravado três horas depois, mostra Josimar se encontrando com o irmão. Os dois teriam ido até a casa do delegado de Silvânia Leonardo Barbosa Sanches, com Talisson dentro do carro. Lá, segundo depoimento do próprio delegado, o investigador orientou que os dois levassem o adolescente imediatamente ao Hospital Municipal.
Um terceiro vídeo registra o momento em que o carro de Josimar chega ao Hospital Municipal e, logo após, três homens retiraram o adolescente do porta-malas do veículo.
De acordo com as informações da Secretaria de Saúde de Silvânia, o adolescente chegou sem vida ao hospital.
No documento que oficializa que a prisão de Josimar passou de flagrante para preventiva, a juíza Carolina Gontijo Alves Bitarães afirma que a possível motivação do delito foi apontada na declaração da testemunha Josmar, que é irmão de Josimar.
No depoimento, ele diz que “desde que foi vítima de furto, seu irmão Josimar ficou muito abalado emocionalmente e com vontade de esclarecer o caso. Josimar não aceitava o fato de ter seus bens subtraídos, pois eram frutos do seu trabalho”.
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