Homem também foi denunciado pela tentativa de homicídio contra a outra enteada. No documento, promotor também requereu a conversão da prisão temporária em preventiva.
G1-Goiás
À esqueda, PM Rafael Martins Mendonça e a esposa Elaine Barbosa de Sousa; à direita, a filha dela, de 3 anos, em Rio Verde, Goiás — Foto: Montagem/g1 e Reprodução/TV Anhanguera
O Ministério Público denunciou o policial militar Rafael Martins Mendonça pela morte da esposa, Elaine Barbosa de Sousa, e da enteada de 3 anos, Ágatha Maria, que aconteceram em Rio Verde, no sudoeste do estado. O agente também foi denunciado por tentativa de homicídio contra a outra filha de Elaine, que levou pelo menos três tiros e sobreviveu ao crime.
A denúncia foi realizada na tarde de quinta-feira (9) pelo promotor de Justiça Paulo de Tharso Brondi de Paula Rodrigues. Na tarde desta quinta-feira, a defesa do policial disse que aguarda "o recebimento da denúncia por parte da juíza para fazer as manifestações devidas". O Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) também explicou que a denúncia ainda não foi recebida pelo órgão.
Em audiência de custódia, foi decretara a prisão de Rafael pelo período de 30 dias. Já no último dia 13 de janeiro, o prazo foi prorrogado por mais 30 dias. No documento da denúncia feita na quinta-feira, o promotor solicitou a conversão da prisão temporária de Rafael em preventiva.
Segundo o órgão, até a tarde desta sexta-feira (10), ele permanece preso em um presídio militar. Rafael foi indiciado pela Polícia Civil no último dia 9 de janeiro.
Assassinato
Rafael responde por homicídio qualificado e tentativa de homicídio. A Polícia apontou que o autor agiu com violência e sem qualquer tipo de possibilidade de defesa contra as vítimas, uma vez que Ágatha foi atingida por 6 disparos de arma de fogo, Elaine por 9 e a outra filha da vítima, por três.
A esposa, Elaine Barbosa de Sousa, e a filha, Ágatha Maria de Sousa, morreram na hora. A outra criança foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levada a uma unidade de saúde.
De acordo com o delegado Adelson Candeo, a mulher foi atingida com oito tiros e a filha dela, de 3 anos, com cinco, sendo um deles de raspão. O investigador contou que, durante perícia no local do crime, havia indícios claros de que a mulher tentou se defender dos disparos.
Ainda segundo a Polícia Civil, a outra menina, de 5 anos, assistiu as execuções e contou que a mãe estava de joelhos quando foi morta. O inquérito policial também informou que ela levou pelo menos três tiros.
"Ela [Elaine] estava ao lado da pequena Ágatha e o Rafael teria dito que ia matá-la, mas queria dar a ela um sofrimento grande antes disso, então atirou na menina, que estava ao lado da mãe”, explicou.
Segundo a Polícia Civil, o policial estava afastado do serviço nas ruas, fazendo o trabalho administrativo. Inicialmente, a polícia informou que o militar estava com problemas psicológicos. No entanto, o delegado explicou que o soldado teve um AVC.
Após o crime, o pai da menina que sobreviveu, Frank Bonifácio, contou que a menina chorou e perguntou pela família.
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