"Ao tomar conhecimento que esse armamento passaria por Goiás, realizamos uma operação integrada, com abordagem do Batalhão de Operações Especiais"
Jornal Opção
Apreensão de armas na Polícia Federal | Foto: Guilherme Alves / Jornal Opção
A Polícia Militar em conjunto com a Polícia Civil fizeram a maior apreensão de armas pesadas deste ano. Ao todo foram 10 fuzis AK-47 e 10 pistolas 9 milímetros Arex. A operação conjunta aconteceu nesta quarta-feira, 24, e o carregamento tinha como destino final o Rio de Janeiro.
A Força de Combate ao Crime Organizado (Ficco) identificou o suspeito através de um investigação que já estava em andamento. A abordagem da Polícia Militar aconteceu no setor Jardim Novo Mundo, região leste de Goiânia. As armas tinham o número de identificação raspado e foram fabricadas na República Tcheca.
A investigação aponta também que existiam mecanismos para dificultar a rastreabilidade das armas em operações noturnas. O caso ainda está sendo investigado e ambas as corporações não informaram de onde as armas vinham.
De acordo com a superintendente da Polícia Federal em Goiás, delegada Marcela Rodrigues, há 14 anos não acontecia uma apreensão de armamento tão pesado em Goiás. “É um trabalho que impede que esse armamento seja recebido por facções criminosas. Temos aqui a demonstração da relevância dessa integração”, completou.
O Comandante-Geral da Polícia Militar, Coronel Marcelo Granja, ressaltou a importância da integração entre as forças estaduais e federais de segurança. “Provavelmente usariam essas armas contra as forças de segurança, então nós estamos salvando vidas”, disse.
A Delegada Marcela Rodrigues explicou que a prisão em flagrante aconteceu com base no Estatuto do Desarmamento. “Ao tomar conhecimento que esse armamento passaria por Goiás, realizamos uma operação integrada, com abordagem do Batalhão de Operações Especiais”, relatou.
Segundo o tenente-coronel Kássio Michel Pires de Sena, o Batalhão de Operações Especiais (Bope) foi responsável pela operação porque não tinham informações sobre a capacidade de reação ou retaliação da facção que transportava as armas. “Assim foi possível manter em segurança os agentes envolvidos na operação de inteligência”, detalhou.
Agora, a investigação da polícia deve focar em encontrar quem comprou as armas, qual caminho elas fizeram do exterior até Goiás, e encontrar quem receberia esse armamento. “A investigação continua, até para encontrarmos os demais participantes dessa organização criminosa”, destaca a superintendente. O caso deve continuar sendo investigado pela Ficco.
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