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Polícia Federal faz buscas e apreensões em investigação sobre venda de sentenças em MT

Em agosto, desembargadores foram afastados das funções no TJMT por suspeita de envolvimento em vendas de decisões judiciais. A PF não divulgou oficialmente quem são os alvos nessa nova fase.



G1

Sebastião de Moraes Filho e João Ferreira Filho foram afastados — Foto: Reprodução




A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira (20) uma operação sobre esquema de venda de sentenças na Justiça em Mato Grosso.


Segundo apuração, os agentes foram às ruas cumprir mandados de busca e apreensão em endereços ligados a um desembargador, investigado no caso.


A ação foi autorizada pelo ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF).


Até a última atualização desta reportagem, a PF não havia divulgado oficialmente quem são os alvos.


Venda de sentenças em MT


Em agosto, os desembargadores Sebastião de Moraes Filho e João Ferreira Filho foram afastados das funções no Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso (TJMT), por suspeita de envolvimento em vendas de decisões judiciais.


Em 26 de novembro, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão nas casas dos dois desembargadores, durante a Operação Sisamnes, em Cuiabá. A PF também prendeu o lobista Andreson Gonçalves, apontado como intermediário das vendas.


Segundo a polícia, a operação investiga os crimes de organização criminosa, corrupção, exploração de prestígio e vazamento de informações sigilosas.


Desde então, os dois magistrados estão sendo monitorados por tornozeleira eletrônica, informou a PF. Eles também tiveram os passaportes apreendidos, além de bloqueio de bens e valores.


Em nota, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) informou que está ciente do caso e se colocou à disposição para o fornecimento de informações necessárias ao andamento das investigações.


Investigações


As investigações começaram quando o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) descobriu que os dois desembargadores mantinham uma amizade com o advogado Roberto Zampieri, morto em dezembro do ano passado, e recebiam vantagens financeiras para julgarem recursos de acordo com os interesses do advogado.


O grupo pedia dinheiro para beneficiar partes de processos judiciais ilegalmente. Em seguida, emitia decisões favoráveis a esses "clientes", ainda conforme investigações.


A Polícia Federal também investiga negociações ligadas ao vazamento de informações sigilosas, incluindo detalhes de operações policiais.

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