Justiça determinou ainda que os militares sejam afastados de suas funções operacionais nas ruas. Segundo a denúncia, policiais agiram de forma livre e consciente.
G1-Goiás
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João Vitor Mateus de Oliveira desapareceu após ação da PM em casa de Goiânia — Foto: Arquivo Pessoal
Os policiais militares que foram denunciados pelo Ministério Público (MP) por matar um adolescente que desapareceu há seis anos após ir para a casa de um amigo jogar videogame, tornaram-se réus após a Justiça acatar a denúncia. Segundo o MP, a Justiça determinou ainda que os militares sejam afastados de suas funções operacionais nas ruar e que permaneçam realizando apenas atividades administrativas até o fim do processo.
Se tornaram réus os policiais Fabrício Francisco da Costa, de 42 anos, Thiago Antonio de Almeida, de 37, Eder de Sousa Bernardes, de 40, e Cledson Valadares Silva Barbosa, de 33.
A denúncia foi acatada pela Justiça na quinta-feira (19). A determinação do afastamento dos policiais das ruas foi acatada para evitar novas infrações por parte dos militares, segundo do MP.
Denúncia
A denúncia foi oferecida à Justiça em dezembro deste ano. Segundo o documento, ao qual o g1 teve acesso, os policiais agiram de forma livre e consciente.
"Agindo de forma livre e consciente, em comunhão de ações e desígnios, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e para assegurar a impunidade de outros crimes, os denunciados mataram João Vitor Mateus de Oliveira, por meio de disparos de arma de fogo", afirma o documento.
A ação policial que, segundo o MP, matou o adolescente desaparecido, Marley Ferreira Nunes, Matheus Henrique de Barros Melo e Divino Gustavo de Oliveira ocorreu no dia 23 de abril de 2018. O corpo de João nunca foi encontrado.
"Os denunciados colocaram o corpo em um dos veículos e o ocultaram, situação que persiste até a presente data. Além disso, a morte e a ocultação do cadáver da vítima João Vitor foram praticadas para encobrir a ausência de causa justificante para a ação criminosa desenvolvida no interior da residência, ou seja, para assegurar a impunidade dos denunciados em relação aos três primeiros homicídios, eliminando o adolescente que havia presenciado os fatos", afirma a denúncia.
A mãe do garoto disse que a vida perdeu o sentido e que só continua viva porque “infelizmente, tem que viver”. Ela e todo o restante da família se dizem dilacerados por aquela noite e, desde então, grande parte desenvolveu problemas psicológicos.
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