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PM é filmado ao dar soco em frentista em posto de combustíveis

Polícia Militar informou que instaurou processo disciplinar para apurar o caso e que não compactua com desvios de conduta.




G1-Goiás

PM é filmado agredindo frentista em posto de combustível, em Turvânia — Foto: Reprodução/Câmeras de segurança



Um policial militar foi filmado dando soco em um frentista em um posto de combustíveis de Turvânia, na região central de Goiás. Um vídeo registrado por câmeras de segurança mostra o momento da agressão. O frentista de 24 anos disse ter se sentido oprimido e com muito medo.


“Ele ficou me ameaçando com arma e me agredindo. Fiquei com medo demais. Ainda estou com medo, não estou saindo de casa”, disse o frentista.


O caso aconteceu na sexta-feira (29), enquanto o frentista trabalhava no posto. A Polícia Militar disse que instaurou um processo administrativo disciplinar para apurar o caso e que não compactua com desvios de conduta. A PM ainda informou que, na ocasião, o militar, que não teve a identidade divulgada, estava de folga.


O frentista informou que conheceu o policial durante a situação de ultrapassagem em uma rodovia, há quatro meses, mas que desde então não havia tido mais nenhum contato com ele. Um boletim de ocorrência foi feito após as agressões no posto de combustível.


Agressões


Nas filmagens o policial aparece parando no posto para abastecer a moto usando uma camiseta preta e calça jeans. Na ocasião, o policial aparenta estar discutindo e vai até o frentista, que se afasta. O frentista relatou que, naquele momento, o militar tinha o chamado para conversar, mas acabou o agredindo.


No vídeo é possível ver quando o policial parte para cima do trabalhador e dá um soco na cabeça do homem. É possível ver que o frentista não revida, mas o policial permanece cercando e agredindo o jovem de 24 anos.

Além das agressões físicas, o frentista detalhou que também foi ofendido pelo agente.

"Ele me falava que eu não era homem, falava para eu avançar nele. Que eu tinha que ser humilhado mesmo. A todo momento ele tentava me forçar a avançar nele”, disse o frentista.

A situação de agressão foi presenciada por outros dois funcionários do posto de combustível.


Ultrapassagem no trânsito


O frentista disse acreditar que as agressões começaram por causa de uma ultrapassagem realizada em uma rodovia há quatro meses. Segundo ele, na ocasião, ele estava no carro, deu seta e cortou o policial, que estava em uma moto com a esposa. No entanto, o frentista explica que o militar não gostou do ocorrido e foi tirar satisfações.


“Ele pareou comigo na moto dele. Deu duas aceleradas do lado do vidro do meu carro. Eu não abri a janela, continuei em viagem. Mais para frente, ele deu um tapa no vidro do carro”, narrou o frentista.

“Eu parei o carro, abaixei o vidro para ver o que ele precisava e ele falou assim: ‘Você quer resolver isso na porrada?’ Eu falei: ‘Não, não quero resolver nada na porrada’”, acrescentou.


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