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PF não vê indícios de envolvimento do crime organizado em 52 incêndios sob investigação

Apesar disso, a hipótese de ação criminosa não foi descartada



Jornal Opção

Incêndio na Serra das Areias l Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros




Até o momento, não há indícios de envolvimento do crime organizado nos 52 incêndios florestais sob investigação da Polícia Federal (PF) em diversas regiões do Brasil. Apesar disso, a hipótese de ação criminosa não foi descartada, e integrantes do governo federal apontam que a ação humana intencional pode ser a principal causa.


Desde o início do mês até quinta-feira, 5 de setembro, já foram registrados cerca de 20.700 focos de incêndio. A ministra Marina Silva reforçou que “a maior e a melhor resposta [ao fogo] é não botar fogo”, lembrando que o uso de fogo está proibido tanto por portarias federais quanto por decisões estaduais, e qualquer atividade que envolva fogo está em desacordo com a lei.


Diante disso, membros da administração petista estão avaliando a possibilidade de solicitar o aumento da punição para esse tipo de incidente. O país está passando pela pior seca já registrada, e com o pico da temporada ainda por vir — que geralmente ocorre em outubro —, há uma preocupação de que a situação se torne ainda mais grave. Nas últimas duas semanas, a PF abriu 20 investigações.


“A melhor forma de combater o fogo é não o iniciar. O uso de fogo já está proibido, tanto pelas portarias emitidas pelo governo federal desde o ano passado quanto pelas decisões dos governos estaduais. Qualquer atividade que envolva o uso de fogo está agindo de forma ilegal”, declarou a ministra Marina Silva.


“Estamos discutindo dentro do governo a possibilidade de aumentar a penalidade para casos em que fica claro que o incêndio foi intencional. Assim como existe crime com intenção de matar, também há incêndio com intenção de destruir. Portanto, nesse sentido, sou a favor de que as penas sejam mais severas”, acrescentou a ministra.



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