Advogado informou que prisão do pastor faz parte de ‘conspirações para destruir sua imagem’. No fim de 2023, vítima disse que o pastor ligou para ela por chamada de vídeo e se masturbou.
G1-Goiás
Mulher denuncia ter sido importunada sexualmente pelo pastor Davi Passamani, em Goiânia — Foto: Reprodução/Redes Sociais
O pastor Davi Passamani, preso em Goiânia, começou a ser investigado após duas denúncias de crimes sexuais. Uma das vítimas denunciou Passamani no fim de 2023 e prints mostram a conversa entre o religioso e a fiel. Segundo a defesa do religioso, a prisão está relacionada a este caso.
Passamani foi preso quando chegava para participar de um louvor no Jardim Goiás, na capital. A informação foi confirmada pela defesa do pastor, que argumenta que a prisão faz parte de "conspirações para destruir sua imagem"
Em dezembro de 2023, a vítima disse que, primeiramente, o pastor mandou uma mensagem de texto perguntando se ela estava bem. A mulher respondeu que sim e agradeceu Davi pelas orações que ele fez a ela em momento anterior.
Segundo a vítima, o pastor perguntou sobre o namorado dela e descobriu que a relação havia chegado ao fim. A partir disso, perguntou se podia confiar na vítima para fazer algumas confissões. Ela disse que sim e ele passou a narrar uma fantasia erótica que havia imaginado com ela.
Na sequência, ligou para a mulher por chamada de vídeo e mostrou o pênis, conforme o que ela narra na ocorrência policial. Depois, desligou a câmera e, apenas por áudio, passou a se masturbar. A vítima narra que o pastor desligou a ligação e continuou mandando mensagens, mas ela não respondeu mais.
Passamani foi preso por agentes da Delegacia Estadual de Atendimento Especializado à Mulher suspeito de crimes sexuais na noite de quinta-feira (4). A última vítima registrou boletim de ocorrência em 20 de dezembro de 2023, relatando que o líder religioso mandou mensagens falando sobre sexo e chegou a descrever fantasias eróticas.
O que diz a defesa do pastor?
A prisão do pastor Davi Passamani faz parte de "conspirações para destruir sua imagem", segundo o advogado Leandro Silva, que atua na defesa do religioso. O advogado informou que em um "momento estratégico" seus conspiradores serão representados e terão os nomes divulgados.
"Tudo não passa de uma conspiração para destruição de sua imagem e investida ilegítima de seu patrimônio, ruína financeira, bem como o impedimento de qualquer prática religiosa", argumentou o advogado.
A defesa afirmou ainda que foi informada verbalmente pela polícia que o motivo da prisão seria a presença de Passamani em louvores, porque isso representaria risco à sociedade e ocorrência de possíveis novas vítimas. O advogado detalhou que o inquérito policial de 2023 relacionado à prisão tem informações “vazias, lacunosas e genéricas”.
"Embora esgotado o prazo de 30 dias para a conclusão [do inquérito], a autoridade policial foi omissa e não o concluiu, provavelmente, aguardando o momento oportuno para o espetáculo público [...] Ressalte-se que Davi Passamani nunca foi condenado criminalmente por tipo penal de assédio sexual e a defesa nega tais acusações", completa a nota da defesa.
O advogado informou ainda que desconhece ordem judicial que impeça Passamani de exercer a prática religiosa e tomará providências para a soltura
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