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Ossada enterrada de mulher que foi dada como desaparecida pelo companheiro

Atualizado: 19 de jul.

Companheiro da vítima, que tinha 21 anos, foi preso como suspeito pela morte dela. Os dois estavam em fazenda antes de o homem registrar o desaparecimento da mulher.



G1-Goiás

Paulo Antonio Eruelinton Bianchini é suspeito de matar Dayara Talissa Fernandes da Cruz, em Orizona, Goiás — Foto: Arquivo pessoal/Daniela da Cruz





Desde março deste ano, a família de Dayara Talissa Fernandes da Cruz, de 21 anos, enfrenta a dor da perda e da incerteza. O que foi tratado inicialmente como desaparecimento, tornou-se um caso de feminicídio. Companheiro da jovem, Paulo Antônio Eruelinton Bianchini, de 34 anos, está preso, suspeito de cometer o crime.


  • Fim de fevereiro a 10 de março: Investigações indicaram que Dayara esteve com o companheiro na fazenda durante este período.

  • 10 de março: Dia estimado pela Polícia Civil como o desaparecimento de Dayara da Cruz.

  • 25 de março: Paulo Antônio registrou o desaparecimento de Dayara.

  • 24 de junho: A Polícia Civil tentou cumprir mandados de busca e apreensão, além do mandado de prisão do suspeito. As operações ocorreram sem sucesso em quatro cidades do interior de Goiás.

  • 1º de julho: Paulo Antônio se entregou e foi preso.

  • 6 de julho: A Polícia Civil encontrou uma ossada humana em uma fazenda, em Orizona.

  • 16 de julho: Laudo da perícia confirmou que a ossada encontrada enterrada na fazenda é de Dayara.


O advogado de Paulo Bianchini disse que apresentou seu cliente na delegacia de Vianópolis em 1º de julho para colaborar com a Justiça. A defesa afirmou que rechaçará o que chamou de "incongruências contidas no inquérito policial, as quais são baseadas em indícios apenas em razão do vínculo afetivo entre Paulo e a vítima".


Quem é o suspeito e a vítima?


Paulo Antônio Eruelinton Bianchini é um empresário de 34 anos. Já Dayara Talissa Fernandes da Cruz é natural de Diamantino, no Mato Grosso, e tem 21 anos. Segundo a família de Dayara, o homem não permitia que ela trabalhasse, por isso a jovem não tinha emprego formal.


A irmã da jovem, Daniela da Cruz, relatou que Dayara tinha muita vontade de ser mãe. "Ela tinha um coração muito bom. Nunca fez mal a ninguém", disse a irmã.


Desaparecimento


Dayara da Cruz teria sumido no dia 10 de março deste ano, em Orizona. A Polícia Civil informou que seu companheiro registrou o desaparecimento dela no dia 25 do mesmo mês. Segundo o delegado Kennet Carvalho, foram constatadas contradições no depoimento dele e, por isso, a polícia passou a considerá-lo suspeito de ter matado a mulher, ocultado o corpo e registrado o desaparecimento.


A irmã da vítima contou que, inicialmente, Paulo disse aos familiares que havia deixado a jovem em uma rodoviária, mas posteriormente alterou sua versão diversas vezes, afirmando que ela tinha desaparecido de outros locais. Quando questionado pela família, o homem chegou a parar de responder e bloqueou o contato da mãe e da irmã de Dayara.

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