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Oito segundos ou escanteio: entenda regra testada para evitar cera de goleiros

Contagem regressiva para evitar desperdício de tempo é testada em campeonato sub-21 da Premier League



GE

Dibu Martínez provoca após defender pênalti de Andreas Pereira — Foto: Getty Images




Fim da cera? A Fifa tem um plano para acabar com a cera de goleiros no futebol. A proposta da entidade consiste na marcação de um escanteio caso o goleiro fique mais de oito segundos parado com a bola. Os testes da mudança ocorrem no sub-21 da Premier League, e agora passam para o sub-20 do Campeonato Italiano.


A regra atual prevê a marcação de um tiro livre indireto (que não pode ser chutado direto ao gol) caso o goleiro atrase a reposição da bola por muito tempo, mas raramente é marcado pelos árbitros. Com a mudança, a Fifa impediria ainda mais a cera dos goleiros no futebol.


Testes no sub-21 da Premier League e em Malta já começaram. No país mediterrâneo, a bola foi segurada por goleiros 796 vezes sem nunca passar dos oito segundos. Para os testes na Itália, serão marcados laterais ao invés de escanteios.


— Os dados que estão surgindo até agora são muito interessantes. Os casos de escanteios marcados são quase inexistentes, o que nos indicaria que o caso é exatamente o que gostaríamos que fosse neste momento, e está acelerando os goleiros a soltarem a bola e a trazerem de volta ao jogo — disse Patrick Nelson, presidente-executivo da Federação Irlandesa de Futebol e membro do conselho da International FA Board (Ifab).


— A ira de qualquer treinador por qualquer goleiro que tenha dado um escanteio ou um lateral que leva a um gol certamente sempre significará que o goleiro não fará isso duas vezes — completou.


Além da mudança para evitar a cera no futebol, também é analisada uma possível reformulação da regra do impedimento. A proposta da "luz do dia" foi feita por Arsène Wenger, ex-treinador do Arsenal.


Segundo a ideia do francês, só haverá impedimento quando o atacante estiver completamente à frente do defensor. Mesmo que só alguma parte do corpo do atacante esteja na mesma linha, então a decisão seria validar o lance. Atualmente, qualquer parte do corpo que seja válida para o jogo (menos mãos e braços) já é suficiente para a marcação do impedimento.


— Continuamos a discutir isso. Estamos todos muito simpáticos ao fato de que a tecnologia removeu o benefício da dúvida que costumava existir. Todos concordamos que seria bom se as metas não fossem necessariamente riscadas por uma unha do pé. Estamos analisando isso e este teste é parte de uma análise mais ampla para ver se há algo que podemos fazer. Estamos vendo se há maneiras de lidar com os desafios. Isso é parte de um debate inicial — apontou David Elleray, diretor técnico do Ifab.

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