Depois de três décadas, pela primeira vez a ferrovia vai ter seus 2,2 mil quilômetros totalmente ligados. A interligação acontece em Goiás
Entrelinhas
Um fato histórico acontece nesta quinta-feira (25/5): depois de três décadas, pela primeira a Ferrovia Norte-Sul vai realmente ter os seus 2,2 mil quilômetros totalmente ligados.
De Açailândia (MA) até Estrela D´Oeste (SP). Com isso, vai interligar os portos de Itaqui (MA) ao de Santos (SP). A interligação do último trecho acontecerá entre os municípios de Palmeiras de Goiás e Goianira, em Goiás.
Entretanto, ainda assim terá de esperar a homologação da Agência Nacional de Transportes Terrestres. Além, claro, de uma inauguração oficial.
O trecho que ficou pronto é de responsabilidade da Rumo, dona da concessão de 1,5 mil quilômetros da ferrovia, de Porto Nacional (TO) até Estrela D´Oeste. Na outra ponta, da cidade tocantinense até Açailândia, a concessão é da VLI, empresa da Vale.
Desta forma, a Ferrovia Norte-Sul finalmente vai interligar três regiões brasileiras (Norte, Centro-Oeste e Sudeste). Além de conectar três Estados (Goiás, Minas Gerais e Tocantins) que não têm saída para o mar.
O que também deverá reduzir consideravelmente o custo da logística de empresas, sejam exportadoras ou importadoras. Além de otimizar a movimentação de cargas produzidas nestas regiões para centros consumidores maiores ou mais distantes.
Crescimento
A VLI registrou aumento de 18% no volume de cargas transportado no ano passado pela Ferrovia Norte-Sul. Passou de 12,7 milhões de toneladas em 2021 para cerca de 15 milhões de toneladas em 2022.
Um dos destaques foi a entrada em operação do Terminal Integrador de Porto Franco (TIPF), no Maranhão. Com capacidade de movimentar 600 mil toneladas por ano, em especial soja e milho.
Para 2023, segundo a empresa, as expectativas são positivas, com boas perspectivas para as safras de soja e milho. Além da inauguração oficial do novo corredor de fertilizantes do Arco Norte brasileiro. A operação liga o terminal da Copi, no Maranhão, ao Terminal Integrador de Palmeirante, da VLI, no Tocantins.
Os investimentos iniciais do projeto giraram em torno de R$ 200 milhões. A capacidade inicial de movimentação proporcionada por esta nova estrutura é de 1,5 milhão de toneladas ao ano.
A partir do Terminal de Palmeirante, os insumos atenderão aos produtores do Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Bahia e Piauí. Além de Tocantins, Maranhão e do Distrito Federal.
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