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Mulher denuncia erro médico após ter perna amputada depois de fazer cirurgia de safena

Defesa da família denunciou o caso à Polícia Civil e também ao Conselho Regional de Medicina de Goiás. O caso será investigado.




G1-Goiás

Maria Helena dos Santos, de 60 anos, teve uma das pernas amputadas após passar por cirurgia de safena — Foto: Arquivo pessoal/Elias Mario




A dona de casa Maria Helena dos Santos, de 60 anos, passou por uma cirurgia de safena no último dia 6 de fevereiro, em Morrinhos, no sul goiano.


Segundo a família, o objetivo era tratar problemas nas veias das pernas, para continuar levando uma vida ativa, já que sempre gostou de dançar, praticar exercícios e brincar com os netos.


Mas durante o procedimento, a família afirma que o médico errou e dilacerou a artéria femoral da mulher. Com isso, dias depois, ela precisou ter uma das pernas amputadas. A família pede por justiça.


O caso já foi registrado na Polícia Civil e deverá ser investigado. A defesa da família também abriu uma denúncia contra o médico no Conselho Regional de Medicina (Cremego). Em nota, a entidade disse que todas as denúncias relacionadas à conduta ética de médicos são investigadas, mas que todas tramitam em total sigilo, conforme determina o Código de Processo Ético-Profissional Médico.


A Secretaria de Estado da Saúde, em nota, apenas confirmou que a paciente foi direcionada para realização da cirurgia eletiva no hospital citado, mas que a “atuação profissional do médico, procedimentos de apuração de conduta, aplicação de eventuais penalidades, competem ao Cremego”.


Por fim, a SES disse que “se mantém à disposição para atendimento e diligências que forem requeridas pelos órgãos citados e acompanhará os procedimentos de apuração do caso”.


A cirurgia


Maria Helena mora em Bela Vista de Goiás, município localizado na Região Metropolitana de Goiânia. Segundo o filho, em julho do ano passado, ela descobriu que estava com insuficiência venosa nas pernas, o que lhe causava fortes dores. A dona de casa, então, procurou tratamento na rede pública de saúde, onde foi orientada a fazer uma cirurgia vascular.


A partir disso, Maria Helena ficou aguardando na fila do Sistema Único de Saúde (SUS) pela liberação da cirurgia. Em novembro do ano passado, o procedimento foi liberado para execução na Casa de Saúde Sylvio de Mello, em Morrinhos, cerca de 100 km de distância da cidade onde a dona de casa mora.


A paciente novamente passou por uma avaliação médica e, finalmente, marcou a cirurgia de safena para o dia 6 de fevereiro deste ano. O procedimento foi realizado, mas segundo a família, assim que o efeito da anestesia acabou, a mãe começou a reclamar de dores.

“Logo depois da cirurgia ela sentiu muita dor na perna direita e relatou para o médico. Ele falou que era normal, de pós-cirurgia, mas a dor só foi aumentando. No terceiro dia, não estava aguentando mais”, lembra Elias.

O filho relata que, além das intensas dores, a mãe não conseguia mexer a perna direita, pois o membro estava completamente dormente e frio. Apesar dos medicamentos prescritos pelo médico, que insistia em dizer que as dores eram comuns nos primeiros dias de pós-operatório, a intensidade das dores só aumentava.

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