Insatisfeitos com termos para fundação da liga, os três clubes não aceitaram proposta anterior. Fundo de investimentos árabe ajustou oferta na noite desta segunda e espera fechar negócio
GE
![](https://static.wixstatic.com/media/207544_37ee3946e83c445381cda02957c37765~mv2.png/v1/fill/w_49,h_33,al_c,q_85,usm_0.66_1.00_0.01,blur_2,enc_auto/207544_37ee3946e83c445381cda02957c37765~mv2.png)
Assembleia geral da Libra — Foto: Reprodução
O fundo de investimentos Mubadala formalizou a dirigentes da Libra, na noite desta segunda-feira, mais uma proposta pela formação de um bloco comercial.
A oferta foi enviada a dirigentes com uma alteração em relação à versão anterior: agora, para que ela seja assinada, basta que Corinthians, Flamengo, Palmeiras e São Paulo a assinem.
A diferença está na quantidade de clubes tida como condição para sacramentar o negócio.
Na versão mais recente, o investidor exigia que houvesse a adesão de pelo menos 18 clubes. Com a recusa de Botafogo, Cruzeiro e Vasco em aceitar as condições, o Mubadala refez a proposta.
A atual oferta não forma uma liga de clubes, como é de interesse do fundo de investimentos dos Emirados Árabes, mas um bloco comercial para a negociação dos direitos de transmissão, tido como etapa preliminar até que dirigentes se entendam em relação à criação da liga.
Nesta proposta, o Mubadala pretende comprar 12,5% dos direitos de mídia dos clubes, referentes ao Campeonato Brasileiro, por um período de 50 anos. O valor a ser transferido corresponde à metade do investimento que o fundo faria inicialmente, para adquirir uma participação sobre a liga de clubes.
Além do pagamento previsto para a compra dos direitos, o investidor afirma que antecipará R$ 3 milhões a cada clube, como um gesto de boa vontade, em depósito a ser realizado em 29 de junho.
Tanto o sinal quanto a alteração da proposta representam nova tentativa do Mubadala de fechar negócio com os clubes. Por um lado, o fundo pressiona Botafogo, Cruzeiro e Vasco a reverem a decisão de não assinar a oferta. Por outro, a empresa incentiva dirigentes do outro grupo, chamado Forte Futebol, a trocar de lado e fazer parte da Libra.