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'Monstruosidade', diz juíza ao manter preso 'maníaco sexual' suspeito de estuprar mulheres

De acordo com a investigação, Plínio Naves aliciava as vítimas por meio de redes sociais com um esquema de 'sugar daddy'. 'Homem que tem coragem de estuprar uma mulher, não é homem", disse a juíza.



G1-Goiás

Plínio Veloso Naves de Barros, de 37 anos, suspeito de estuprar mulheres depois de aliciar as vítimas em um esquema conhecido como ‘sugar daddy’, em Goiânia — Foto: Divulgação/Polícia Civil





Plínio Veloso Naves de Barros, de 37 anos, classificado como "maníaco sexual" pela Polícia Civil, teve a prisão convertida de flagrante para preventiva pela juíza Ana Cláudia Magalhães. As investigações apontam que Plínio aliciava as vítimas por meio de redes sociais em um esquema conhecido como "sugar daddy", em Goiânia. Durante audiência de custódia, a juíza citou ser uma monstruosidade os crimes cometidos.


"Isto é uma monstruosidade. Um homem que tem coragem de estuprar uma mulher, não é homem", disse a juíza.


A audiência de custódia aconteceu na última quinta-feira (7). Ao g1, a defesa de Plínio afirmou que deve se manifestar apenas após o encerramento do inquérito.


Após citar a indignação com o caso e caracterizar o crime como hediondo, a juíza encerrou a audiência de custódia acatando a denúncia do Ministério Público. "Eu acolho o parecer ministerial e converto o flagrante em preventivo. Bom dia, se isso é possível", afirmou.


Plínio foi preso na última quarta-feira (6). O delegado Humberto Teófilo, que é responsável pelo caso, explicou que a ação só foi possível porque uma mulher procurou a delegacia e denunciou Plínio, dizendo que vinha sendo forçada por ele a praticar sexo oral.


Crime cometido mais de 30 vezes


O crime teria se repetido por mais de 30 vezes, do mês de julho até novembro deste ano. Plínio, além de forçar as relações sexuais, também filmava os momentos íntimos. Depois, ameaçava as vítimas dizendo que divulgaria as imagens para a família delas.

“Ela nos narrou que ele falava assim: ‘Se você não tiver relação comigo, eu vou publicar isso, vou mostrar pra sua família, vou mostrar pras pessoas onde o seu filho estuda, onde você trabalha’”, detalhou o delegado.


Novas vítimas


A partir da prisão de Plínio, mais vítimas já procuraram o delegado e denunciaram ter vivido situações semelhantes. Por conta disso, a polícia decidiu divulgar o nome e a foto dele nos termos da Lei nº 13.869/2019 e da Portaria nº 547/2021 – PC. A expectativa é que isso ajude no aparecimento de novas vítimas.

"Há mais pessoas para serem ouvidas na Delegacia da Mulher. Não vamos deixar que esse tipo de abusador fique sem ter uma responsabilidade penal dura", disse Humberto Teófilo à TV Anhanguera

Como o maníaco agia


A polícia classificou Plínio como um ‘maníaco sexual’ pela forma como sempre agia com as vítimas. As investigações descobriram que ele tinha contas falsas nas redes sociais, em que aliciava mulheres, oferecendo-lhes dinheiro, presentes e emprego.


Inicialmente, parecia algo inofensivo para as vítimas, mas a polícia descreve que, com o tempo, sinais de violência começaram a aparecer. As mulheres conquistadas eram levadas para um apartamento de alto padrão no Setor Bueno, onde Plínio morava. Lá, eram forçadas a manter relações sexuais com o ele por conta dos benefícios que tinham ganhado.


“A partir do momento que ele conquistava essas mulheres, ele começava a perseguir, começava a ameaçar direta e indiretamente, tendo em vista que ele tinha vídeos e fotos íntimas dessas mulheres”, destacou o delegado.


Apreensões


Durante a abordagem que prendeu Plínio, a polícia foi até o apartamento dele e apreendeu documentos, celular e computadores. Em uma análise preliminar, o delegado informou que diversos vídeos íntimos foram encontrados.


Plínio está sendo investigado pelos crimes de estupro, favorecimento da prostituição, falsa identidade e divulgação de cena de sexo. Se somadas, as penas podem chegar a 26 anos de prisão.


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