Autor dos tiros, um adolescente de 17 anos, seguiu instruções dadas em um grupo de mensagens do aplicativo Discord
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Print obtido pela Polícia Civil de São Paulo
O autor do ataque a tiros que matou uma aluna na Escola Estadual Sapopemba, na zona leste de São Paulo, na última segunda-feira (23), recebeu incentivos e instruções por parte de integrantes de um grupo do qual ele fazia parte no aplicativo Discord – uma plataforma de conversas em texto, voz e vídeo que se popularizou entre adolescentes.
Horas antes do ataque, o autor do atentado (um garoto de 16 anos) discute qual seria a melhor forma de posicionar o telefone para filmar e transmitir o atentado. Ele também se refere ao crime como “missão”. Depois dos tiros, os integrantes do grupo lamentam o saldo de uma vítima fatal. “Uma morte cara, que cara merda”, reclama um dos administradores do grupo.
Os prints foram obtidos pela Polícia Civil de São Paulo e publicados pelo portal Metrópoles. Eles farão parte do inquérito que apura as circunstâncias do delito. O Laboratório de Crimes Cibernéticos do Ministério da Justiça também participa da investigação. Além da estudante que morreu, Giovanna Bezerra da Silva (17 anos), outras duas ficaram feridas pelos tiros.
O autor do atentado usou um resolver calibre 38 do pai e foi apreendido pelos policiais logo depois do ataque. Ele disse que agiu sozinho e motivado pelo bullying que supostamente sofria por ser homossexual. Imagens de câmeras de segurança mostram que ele entrou na escola por volta das 7h30 e matou Giovanna minutos depois, com um tiro na nuca.
Logo em seguida, integrantes do grupo do Discord manifestam preocupação em serem descobertos pela polícia. “Eu vou formatar meu celular, desativar minha conta do Discord, sair desse serve e dos outros 10 [sic]”, escreveu um deles, às 9h16. “Eu vou até desativar minha localização”, digitou outro integrante, logo em seguida.
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