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Menina de 5 anos morre durante atendimento em unidade de saúde, e família denuncia negligência

Após machucar o pé durante brincadeira, Maria Laura foi levada quatro vezes ao ambulatório num intervalo de dois dias, e parentes suspeitam que ela teve reação alérgica a medicamento. Caso é investigado pela polícia.



G1-Goiás

Maria Laura morreu durante um atendimento em um ambulatório, em Guapó, Goiás — Foto: Arquivo pessoal/Suelen Sousa



Uma menina de 5 anos morreu durante um atendimento em um ambulatório, em Guapó, na Região Metropolitana de Goiânia. A família de Maria Laura acredita que ela teve uma reação alérgica a um medicamento aplicado no bumbum e denuncia negligência do hospital durante o socorro. O caso é investigado pela Polícia Civil.

“Eu vi minha neta morrendo, agonizando de dor e sem conseguir respirar. Eu não podia fazer nada e eles não estavam nem aí, não faziam nada”, desabafou Antônio Damião, avô da menina.

Em nota, a Secretaria de Saúde de Guapó lamentou a morte de Maria Laura e disse que os profissionais do Ambulatório 24 horas adotaram as medidas previstas nos protocolos clínicos para o caso. Informou ainda que está à disposição das autoridades para esclarecer as causas da morte.


Maria Laura morreu na quarta-feira (21). Num intervalo de dois dias, ela foi levada quatro vezes ao ambulatório, segundo a família.


Primeiros atendimentos


A tia da menina, Suelen Sousa, contou que, na tarde de segunda-feira (19), Maria Laura caiu e machucou o pé durante uma brincadeira. “Ela não reclamou de dor na hora, mas à noite ela vomitou e, por volta das 21h, a mãe dela procurou o ambulatório para ver o que era”, disse.


Segundo a tia, neste primeiro atendimento, o médico receitou a menina com soro e, como ela não estava reclamando de dor no pé, a mandou para casa.


“Durante à noite, ela reclamou de muita dor e estava com o pé inchado e roxo. Pela manhã de terça-feira (20), ela voltou no hospital”, disse.


Aplicação da injeção


Suelen relatou que, no segundo atendimento, a médica passou um ibuprofeno e dipirona por via oral e pediu para ela voltasse no dia seguinte para fazer o Raio-X do pé. Segundo ela, a menina voltou na quarta-feira (21), fez o exame e a profissional verificou que não havia quebrado.

“Como ela estava sentindo muita dor, minha irmã pediu um remédio, e a médica aplicou um remédio no bumbum da Maria”, detalhou a tia.

A família disse que a equipe do ambulatório não informou qual remédio seria aplicado e que não teve acesso ao prontuário ou receita. Além disso, afirmou que Maria Laura nunca teve reação alérgica a medicamentos e informou que a médica perguntou sobre isso antes da aplicação.



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