Decisão atende a pedido do MPF para que imóveis do Bom Parto sejam realocados devido ao risco de afundamento do solo no Mutange. Desde 2018, mais de 14 mil imóveis foram desocupados; problema afeta mais de 55 mil pessoas.
G1
![](https://static.wixstatic.com/media/207544_59118b6c2a274bc7b43c1e1895d5a4b8~mv2.png/v1/fill/w_49,h_28,al_c,q_85,usm_0.66_1.00_0.01,blur_2,enc_auto/207544_59118b6c2a274bc7b43c1e1895d5a4b8~mv2.png)
afundamento do solo mutange braskem maceió — Foto: Reprodução/TV Gazeta
A Justiça Federal determinou nesta quinta-feira (30) que novos imóveis sejam incluídos no mapa de realocação, que prevê a retirada das famílias da área com risco de afundamento do solo por causa da mineração realizada durante décadas pela Braskem em Maceió.
O problema começou em 2018. Desde então, mais de 14 mil imóveis foram desocupados em 5 bairros da cidade, mas algumas dezenas de famílias ainda permaneciam na borda da área de risco. Na quarta (29), com a possibilidade de colapso iminente na mina de número 18, no Mutange, a Prefeitura de Maceió declarou situação de emergência por 180 dias.
Após a decisão judicial, a Defesa Civil de Maceió divulgou um novo mapa de realocação, elaborado em conjunto com a Defesa Civil Nacional, com o apoio técnico do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). O mapa inclui os 23 imóveis do bairro Bom Parto, objeto da decisão judicial.
O destaque em vermelho no mapa abaixo mostra a área onde estão localizados os imóveis que passaram de criticidade 01 (menor risco) para criticidade 00 (maior risco) e que precisarão ser desocupados.
A Defesa Civil de Maceió informou que a expansão do mapa não indica riscos imediatos à população. Sua função principal é o aprimoramento constante dessas áreas, com o objetivo de prevenção e da gestão eficiente de possíveis situações emergenciais.
A Braskem informou que continua monitorando a situação da mina 18 e que os dados mais recentes demonstram que o movimento do solo permanece concentrado na área dessa mina. A empresa afirmou que "continua tomando todas as medidas cabíveis para minimização do impacto de possíveis ocorrências" e que segue colaborando com as autoridades competentes.