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Mais de 4 mil professores da rede estadual em Goiás estão com salários bloqueados, denuncia sindicat

A Secretaria de Educação informou que bloqueio foi uma forma de regularização. Professores lamentaram a falta de pagamento, que dificulta o dia a dia.


G1-Goiás

Sala de aula de escola estadual em Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera


O Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado de Goiás (Sintego) denunciou que mais de 4 mil professores da rede estadual tiveram os salários bloqueados. Uma professora, que não quis se identificar, contou à TV Anhanguera que trabalha na rede pública de ensino há 25 anos e é uma das profissionais que vêm se sentindo prejudicada pelo bloqueio.

"Estou estarrecida. Hoje estou na função de profissional de apoio, eu não estou modulada ainda e ninguém me dá resposta precisa do que está acontecendo", disse.


A Secretaria de Educação explicou que o bloqueio foi realizado por falta de "modulação", que é o fornecimento das informações sobre a jornada acadêmica do profissional: quais disciplinas dará aula, quantas aulas, qual escola, entre outros detalhes. Ao g1, a pasta explicou que o processo da modulação teve início no dia 18 de janeiro e que a folha de pagamento fechou no dia 14 de fevereiro.


A presidente do Sintego, Bia de Lima, explicou ao g1 que os professores descobriram que estavam com os salários bloqueados na terça-feira (28), dia em que deveria ter saído o pagamento dos servidores.


Bia ainda detalhou que a própria secretaria é a responsável por fazer essa modulação e disse que o problema começou quando a Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) aprovou o projeto de lei nº 10882/22 que aumentou a carga horária dos servidores. Com a mudança, professores que cumprem 40 horas semanais passaram a precisar ministrar 32 horas-aula, ao invés de 28 horas-aula.


"A secretaria aumentou a carga horária e dificultou que nosso pessoal pudesse ter modulação em tempo correto", opinou a presidente.

A presidente do Sintego ainda afirmou que deve entrar com um mandado de segurança na Justiça de Goiás, em busca do desbloqueio dos salários. Em entrevista à TV Anhanguera, a secretária de Educação, Fátima Gavioli, afirmou que o bloqueio dos salários "não é uma prática ilegal ou imoral, mas uma prática de regularização e legalidade".

"Pagar como? Ele está trabalhando onde? Qual o ponto dele? Qual foi a carga horária? Pra qual criança ele deu aula? Essa questão do bloqueio é uma situação extrema que tivemos que tomar, justamente para ver se a gente localiza todas essas pessoas", disse a secretária.

Sem salários, outros professores, que também não quiseram se identificar, lamentaram a situação e detalharam a forma que isso deve afetá-los.

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