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Mais de 2 mil sites de apostas irregulares são bloqueados no Brasil nesta sexta

Segundo anúncio do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, muitos desses sites operam em paraísos fiscais, aumentando possibilidade de golpes



Jornal Opção

Fernando Haddad, ministro da Fazenda em coletiva de imprensa | Foto: Diogo Zacarias/MF




Nesta sexta-feira, governo federal vai tirar do ar 11, 2.049 sites de apostas on-line que funcionam de forma irregular no Brasil, segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.


A confirmação foi feita nesta quinta-feira, 10, em uma coletiva de imprensa, onde Haddad disse que os sites não possuem autorização do governo para funcionar e que a lista com os nomes dessas plataformas já foi enviada à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para execução do bloqueio.


“As operadoras de telefonia, sob orientação da Anatel, vão impedir o acesso a esses sites no Brasil”, explicou o ministro. “Amanhã, qualquer site que não esteja regular ou em processo de regularização será bloqueado.”


O ministro também pediu que os usuários dessas plataformas resgatem seus saldos até às 23h59 desta quinta-feira, pois, após o bloqueio, a recuperação dos valores poderá ser mais complicada. “O ideal é que as pessoas resgatem seu dinheiro hoje, para evitar dificuldades no futuro”, alertou.


Haddad destacou que muitos desses sites de apostas operam em paraísos fiscais, sem sede no Brasil, o que aumenta o risco de fraude. “Muitas vezes, a pessoa acha que está apostando em uma plataforma confiável, mas, na realidade, pode ser uma fraude. Estamos agindo para proteger os brasileiros desses riscos”, afirmou. 


A medida faz parte de ações do governo para regular o mercado de apostas no país, que movimenta grandes quantias. Dados do Banco Central mostram que, entre janeiro e agosto de 2024, os brasileiros gastaram cerca de R$ 20 bilhões por mês em apostas on-line. No período, cerca de 24 milhões de pessoas fizeram pelo menos um Pix para essas empresas.


Em agosto, uma estimativa aponta que 5 milhões de beneficiários do Bolsa Família enviaram R$ 3 bilhões para sites de apostas, com um gasto médio de R$ 100 por pessoa.


O bloqueio das plataformas irregulares marca um passo importante na regulamentação do setor e visa reduzir os riscos de golpes, protegendo os consumidores brasileiros.

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