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Médico denunciado por crime sexual contra adolescente alegou que ela tinha ‘útero invertido’ para justificar abuso, diz Ministério Público

Defesa do médico afirmou que poderá se manifestar após ter acesso aos detalhes do processo. Justiça negou o pedido de prisão, mas determinou medidas cautelares contra o profissional, que já foi condenado por matar a ex-mulher.





G1-Goiás

Médico Alfredo Carlos Dias Mattos Junior foi condenado por matar a ex-mulher e preso em 2015, em Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera





O médico Alfredo Carlos Dias Matos Júnior, que foi denunciado pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) por abusar sexualmente de uma adolescente em Goiânia, disse à vítima, de 17 anos, que ela tinha o útero invertido e, por isso, deveria passar por um procedimento no consultório, segundo a denúncia obtida com exclusividade pela TV Anhanguera. Foi quando, conforme o documento, ele cometeu o crime.


A defesa do médico, que já foi condenado pelo assassinato da ex-mulher, afirmou que tomou conhecimento do caso por meio da reportagem e que poderá se manifestar após ter acesso aos detalhes do processo.


O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) informou que ainda não foi notificado sobre a denúncia. Já o Hospital Ruy Azeredo, onde a adolescente foi atendida, declarou que não foi intimado pela Justiça e que desconhece qualquer processo judicial envolvendo o médico. A unidade reforçou o compromisso em colaborar com o Poder Judiciário, mas não respondeu se ele continua atuando no hospital.


De acordo com a denúncia, a jovem procurou atendimento em março de 2023 por sentir dores no estômago. O cirurgião gástrico solicitou exames, incluindo endoscopia e ultrassonografia do canal vaginal. No mês seguinte, ao retornar para a consulta, ele afirmou que a paciente tinha um problema chamado “anteversão no útero”, conhecido popularmente como "útero invertido".


Durante o atendimento, a adolescente foi instruída a retirar a roupa e deitar na maca. O MP relata que o médico tocou os seios da paciente sob o pretexto de ensiná-la a fazer o autoexame das mamas. Em seguida, conforme o documento, colocou luvas e introduziu os dedos na parte íntima da jovem, alegando que estava reposicionando o útero.

 
 
 

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