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Mãe e madrasta são suspeitas de espancar menino com madeira e queimá-lo com colher quente

Mulheres não foram presas, informa a Polícia Civil (PC). Delegado diz que eles podem responder por tortura.


G1-Goiás

Criança foi encaminhada ao Centro Temporário de Acolhimento de Rio Verde, Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera


Um menino de 12 anos foi espancado pela mãe e pela madrasta após pegar moedas para comprar doces, em Rio Verde, no sudoeste de Goiás. Segundo o Conselho Tutelar, as mulheres usaram um pedaço de madeira para bater na criança, além de uma colher quente para queimar a mão dele.


As agressões foram descobertas na segunda-feira (7). Segundo a Polícia Civil (PC), atualmente, a criança está no Centro Temporário de Acolhimento de Rio Verde.


Como aconteceu?

O Conselho informou que recebeu uma denúncia anônima e encaminhou uma conselheira para a casa onde o menino morava. Ao chegar no local, encontrou a criança com hematomas pelo corpo e bolhas nas mãos. Neste momento, o menino foi levado para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA).


“Em conversa com a mãe, a conselheira disse que tinha recebido a denúncia e a mulher disse que realmente tinha batido no filho, pois ele tinha feito coisa errada e ela queria corrigi-lo”, disse o delegado Maurício Santana, que investiga o caso. O investigador afirma que, até o momento, ninguém foi preso.


Santana detalha ainda que a conselheira conversou com o menino no hospital. “Ele contou que pegou dinheiro escondido da mãe e quando ela chegou, pegou um pedaço de ripa da cama e bateu nele”, detalha. Neste momento, a mãe teria pego uma faca para ameaçar a criança, que saiu correndo.


“A mãe foi atrás, pegou ele e voltou para casa. Ao chegar em casa, ela pediu para a madrasta segurar a mão dele, pegou uma colher quente e colocou na mão dele”, narra Santana. Após ouvir a criança, o médico realizou o exame de corpo de delito e a conselheira o levou até a polícia para denunciar.

Lesão ou tortura?

Santana destaca ainda que a Polícia Militar (PM) foi até a casa do menino na segunda-feira, porém a mãe e a madrasta não estavam e, por isso, elas não foram presas em flagrante. O delegado afirma que abriu uma investigação, aguarda a conclusão dos exames e que o menino será ouvido novamente.


“Após esses procedimentos, vamos intimar a mãe e a madrasta para serem ouvidas”, detalha. Santana explica que trabalha com duas linhas de investigação: crime de lesão corporal no âmbito doméstico ou tortura. “Isso vai depender de qual foi a motivação. Vamos seguir com a investigação”, finaliza.

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