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Juventus anuncia novo presidente após saída de Agnelli

Globo Esporte


Fim definitivo da era Andrea Agnelli na Juventus. Após encontro com acionistas do clube italiano nesta quarta-feira, o empresário deixou oficialmente a presidência da Juve. Quem assume o seu lugar é o auditor Gianluca Ferrero, acompanhado de cinco novos diretores, pelos próximos três anos.

Agnelli se despediu da Juventus com um longo discurso, em que agradeceu diversas pessoas com quem trabalhou nos últimos 13 anos.

— Hoje é o fechamento de um capítulo da história da Juventus. Meu trabalho sempre foi tentar entender o contexto e assim conseguir liderar as operações da companhia. Nós temos um negócio que é estratégico, global e com fãs pelo mundo, mas não houve resposta certa dos reguladores, que não compreendem a diferença entre jogo e indústria.

O agora ex-presidente Andrea Agnelli, o então vice e ex-jogador Pavel Nedved, o diretor-geral Maurizio Arrivabene e outros membros da alta cúpula da Juventus deixaram o clube por causa das diversas acusações de fraudes que estão sendo investigadas pela Justiça da Itália.

A Juventus é suspeita de ter manipulado o mercado ao divulgar informações financeiras tendenciosas e de ter produzido faturas de transferências inexistentes no período entre 2018 e 2021, com vendas cruzadas com outros clubes, sem contrapartida. A Justiça estima essas mais-valias "fictícias" em cerca de 155 milhões de euros.

Andrea Agnelli já tinha renunciado à presidência do clube no mês passado. Hoje ele também anunciou a sua saída temporária de todas as companhias da família, incluindo as empresas Exor e Stellantis (nas quais ele era membro da diretoria).

— Fechando uma parte muito importante da minha vida, minha vontade é de seguir adiante. Vou dar um passo atrás dos encontros com os acionistas das companhias. Foi um pedido meu, para conseguir encarar o futuro com uma cabeça livre e mais forte — declarou Agnelli.

O ano de 2023, que marcará o 100º aniversário da família Agnelli no comando da Juventus, no entanto, está longe de ser festivo devido aos escândalos envolvendo a direção do clube, como a participação no “calciopoli”, esquema de manipulação de resultados no Campeonato Italiano durante a temporada 2004/05, que resultou no rebaixamento da Juventus à segunda divisão no ano seguinte.

Além de investigação judicial de suas contas, a Juve também está na mira do mercado de ações italiano, da federação italiana de futebol e da Uefa.

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