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Brincar de pipa é comum entre as crianças neste período de férias escolares, mas a diversão exige cuidado com a rede elétrica [Foto: Reprodução | Excelência Notícias]
Em plena seca e neste mês de férias escolares, brincadeira com pipas se torna mais frequente nas cidades goianas: além da interrupção no fornecimento de energia, tal diversão pode ser extremamente perigosa quando feita de forma irresponsável
Redação Mande um e-mail16 de julho de 2024 88 2 minutos lidos
Brincar de pipa é comum entre as crianças neste período de férias escolares, mas a diversão exige cuidado com a rede elétrica [Foto: Reprodução | Excelência Notícias]
OCentro de Operação Integradas (COI) da Equatorial Goiás registrou, nos meses de maio e junho, 61% de todas as ocorrências envolvendo pipas na rede de energia elétrica durante o ano 2024.
Na prática, cerca de 70 mil clientes foram afetados por interrupções no fornecimento de energia causadas por essa atividade, evidenciando um problema que vai além da simples recreação.
Aparecida de Goiânia lidera o ranking com o maior número de ocorrências este ano, totalizando 47 até agora, seguida por Goiânia com 18 e Santo Antônio do Descoberto com 8.
“Esses números não são apenas estatísticos; são famílias, hospitais, escolas e comércios que ficam sem energia, comprometendo o dia a dia de milhares de pessoas”, alerta o gerente do COI, Vinicyus Lima.
As ocorrências com pipas não afetam apenas o fornecimento de energia, mas também geram custos adicionais para a empresa e, consequentemente, para os consumidores.
A reposição de cabos, reparos na infraestrutura e a mobilização de equipes para solucionar os problemas causados pelas pipas são fatores que contribuem para esse aumento de custos.
Vinicyus Lima, explica que, além do risco do rompimento de cabos, as linhas que ficam enroscadas na rede provocam desgaste da fiação, podem ocasionar curtos-circuitos e até choques elétricos.
“Nesses casos, equipes da distribuidora são mobilizadas imediatamente para realizar os reparos necessários e restabelecer o serviço o mais rápido possível.”
PERIGO – Soltar pipas próximo da rede elétrica é extremamente perigoso. A linha pode conduzir eletricidade, provocando queimaduras severas e até fatais.
Além disso, a prática de usar cerol ou linha chilena – linhas cortantes feitas com vidro moído – é um agravante significativo.
No Estado de Goiás, a lei nº 21.079, de 8 de setembro de 2021, proíbe o uso, armazenamento, fabricação e venda de linhas com cerol.
“O uso de cerol e linha chilena é crime, mas mais do que isso, é uma ameaça à vida. Essas linhas podem cortar fios elétricos, causar apagões, ferir gravemente pessoas, ou pior, levar a algum acidente fatal”, reforça o gerente.
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